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28/09/2010 - 19h56

Juizados registram 26 reclamações contra Webjet em SP; 42,6% dos voos são cancelados

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DE SÃO PAULO

Os juizados especiais instalados no aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos (região metropolitana), e no aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo) registraram na última segunda-feira (27) 26 reclamações, todas contra a Webjet. Nesta terça-feira, segundo a assessoria do Tribunal de Justiça, não houve procura por atendimentos nos postos.

Saiba o que fazer em caso de cancelamento ou atraso de voo
Quarta aérea do país, Webjet foi comprada pela CVC em 2007
Webjet acata suspensão de venda de passagens e diz que normalizará voos
Webjet cancelou voos porque tripulantes estavam no limite da carga horária, diz Anac
Demanda por transporte aéreo doméstico cresce 34% em agosto

Balanço divulgado pela Infraero (estatal que administra os aeroportos) às 19h de hoje mostra que 46 dos 108 voos da Webjet em todo país tinham sido cancelados, o que representa um índice de 42,6%. Outros 19 voos (17,6%) registraram atrasos de mais de meia hora.

O Tribunal de Justiça do Rio não soube informar quantos dos 188 atendimentos realizados nos dois aeroportos da cidade foram causados por problemas dos passageiros da Webjet.

As unidades judiciárias foram instaladas neste ano nos aeroportos devido ao aumento de reclamações em relação ao serviço de transporte aéreo, como atrasos e cancelamentos de voos, overbooking, extravio, violação e furto de bagagens ou falta de informações. O juizado tenta resolver os problemas entre passageiros e empresas com conciliação entre as partes e indenizações.

Em nota, a Webjet afirma que os cancelamentos divulgados pela Infraero foram feitos ao longo do mês de setembro, o que permite que a situação dos passageiros seja tranquila nesta terça. "Os usuários são recebidos por funcionários da empresa, que os informam sobre a situação e os orientam para se dirigirem aos balcões das outras companhias que firmaram acordo com a Webjet", afirma a nota.

Ontem, mais da metade dos voos da Webjet, a quarta maior empresa aérea do país, foram cancelados em razão de problemas com a escala de trabalho dos funcionários, segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Em julho, a empresa foi multada em R$ 225 mil por carga horária excessiva da tripulação.

Obrigada a reduzir o número de voos na última semana para cumprir a regulamentação da jornada máxima de trabalho dos aeronautas, a Webjet informou que a situação foi provocada pelo aumento da demanda da empresa. A previsão da empresa é que até sexta-feira (1º) a situação esteja normalizada.

Por conta dos problemas, a Anac determinou a suspensão da venda de bilhetes pela companhia até sexta. Ontem, a aérea informou vai acatar a determinação.

Além de suspender a venda de bilhetes, a agência reguladora também vai intensificar a fiscalização da companhia tanto nos aeroportos quanto no centro de operações da empresa. O índice de voos cancelados pela empresa passou de 2,4% em agosto para 5,7% em setembro e chegou a 9,7% na última semana.

SINDICATO

O SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas) divulgou nota nesta segunda reclamando da sobrecarga dos funcionários das empresas aéreas. "Há algum tempo o SNA vem denunciando o descumprimento da regulamentação profissional nas empresas de aviação comercial brasileiras. A sobrecarga de trabalho, além de ser um fator gerador de estresse para os aeronautas, gera atrasos e cancelamentos de voos", informou o sindicato.

A entidade defendeu a fiscalização, "em nome da segurança de voo". Para o sindicato, a empresa deve se adequar às necessidades, entre elas o retorno de um quarto comissário a bordo.

WEBJET

Depois de passar por uma crise em 2005, quando chegou a ficar três dias sem operar nenhum de seus 26 trechos, a Webjet vive um momento de ascensão.
A empresa aérea foi comprada pela operadora de turismo CVC em 2007, quando possuía apenas 0,6% dos voos domésticos no país.

Atualmente, a empresa possui 5,8% do mercado aéreo doméstico, sendo a quarta maior companhia aérea do país. Segundo dados da Anac, a Webjet teve alta de 57% na demanda de passageiros em agosto na comparação com o mesmo período do ano passado.

A malha aérea da empresa permite que opere voos para as cidades de Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

 

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