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04/10/2010 - 19h30

Delegado e seis policiais civis são afastados do cargo após juiz ser baleado no Rio

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DE SÃO PAULO

O delegado Fábio da Costa Ferreira foi exonerado do cargo de titular da 41 DP do Rio (Tanque), onde trabalhavam policiais civis que participavam da blitz próxima ao local em que um juiz e duas crianças foram baleados no último sábado (2), na zona oeste do Rio. Mais cedo, a polícia havia informado que os seis policiais também foram afastados de suas funções até o fim das investigações.

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Em nota divulgada na tarde desta segunda-feira, a Polícia Civil informou que o delegado Allan Turnowski, chefe da corporação, decidiu exonerar Ferreira do cargo "para preservá-lo e garantir maior isenção nas investigações". O delegado Ricardo Codeceira Lopes assumirá a 41ª DP.

O juiz trabalhista Marcelo Alexandrino da Costa Santos, 39, deixou na tarde desta segunda-feira o CTI (Centro de Tratamento Intensivo) do hospital Pasteur, no Méier (zona norte). Ele passou a ocupar um quarto particular. O filho e a enteada do juiz, de 11 e de 8 anos, permanecem internados em estado grave.

Santos trafegava em seu Kia Cerato com as crianças, a mulher e a sogra quando se deparou com uma blitz na estrada do Pau Ferro. Ele suspeitou que a blitz fosse falsa e decidiu retornar. De acordo com os policiais, enquanto o juiz manobrava o veículo, um Honda Civic preto também notou a blitz e decidiu fugir.

Ainda segundo a versão dos policiais que promoviam a blitz, eles atiraram uma vez para cima, na tentativa de impedir a fuga dos ocupantes do Civic. Os ocupantes, no entanto, teriam disparado pelo menos três vezes contra os policiais antes de fugir. Segundo eles, esses tiros atingiram o juiz e as duas crianças. Um policial admitiu ter revidado, atirando na direção do Civic.

A Corregedoria da Polícia Civil do Rio investiga o caso. "A perícia vai apontar se os tiros no veículo partiram da arma de algum policial. Se o policial estiver mentindo, será exonerado. Mas por enquanto não é possível afirmar nada. Que houve um erro, com certeza houve, porque o policial não pode atirar colocando em risco a vida de inocentes", disse o chefe da Polícia Civil, Allan Turnowski.

 

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