Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
11/10/2010 - 15h39

Laudo do IML confirma que menina Joanna sofreu maus-tratos

Publicidade

DIANA BRITO
DO RIO

O laudo do IML (Instituto Médico Legal) confirmou que a menina Joanna Marcenal Marins, de 5 anos, morta em agosto após ficar quase um mês em coma, sofreu maus-tratos. O defensor público Antonio Carlos de Oliveira afirmou nesta segunda-feira que as lesões nas nádegas da crianças, semelhantes a queimaduras, foram provocadas por substância química ou ação física.

Pai de Joanna nega interferência no processo que reverteu a guarda da filha
Psicóloga nega ter orientado pai a prender as mãos de Joanna
Pai de Joanna diz que é inocente e confirma que prendeu as mãos da criança
Procurador pede substituição de promotora que arquivou caso Joanna
Procurador do Rio reabre inquérito que investiga agressões a menina Joanna
Promotora diz que Joanna negou agressão
Laudo preliminar aponta que Joanna morreu de meningite
Falso médico é indiciado por morte de menina no Rio
Mãe diz que menina de cinco anos morta no Rio foi vítima do Judiciário

"Esse laudo vem corroborar com outros elementos de convicção que já tinha no inquérito policial. Ele está na linha do depoimento da babá, dos médicos que prestaram socorro à Joanna no hospital. O documento também comprova que as cicatrizes e feridas no corpo da menina foram provocadas por traumas. Para nós houve homicídio por parte dos médicos, mas por parte do pai e madrasta houve tortura e homicídio qualificado", afirmou Oliveira à Folha.

De acordo com o laudo, a criança morreu no dia 13 de agosto em consequência de uma meningite viral desenvolvida a partir de herpes. "Os peritos afirmam que a doença pode ser consequência de baixa imunidade. Depois que a menina foi liberada do hospital ainda desacordada, o pai e a madrasta sabiam que ela corria risco de morrer. Eles se comprometeram a levar o laudo [no dia seguinte] pela manhã e não o fizeram, ficaram com ela em casa naquelas condições que a babá descreve -- com as mãos e os tornozelos amarrados no meio das fezes e da urina -- por mais de 24 horas", disse o defensor.

O delegado titular da Dcav (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítima), Luiz Henrique Marques Pereira , afirmou que ainda é cedo para acusar alguém. Ele disse que analisa o laudo do IML e avalia se será necessário realizar novas diligências.

"É prematuro acusar alguém agora, mas acredito que o inquérito esteja concluído até sexta-feira (15)", disse o delegado.

OUTRO LADO

A Folha tentou contato com o serventuário da Justiça André Marins, pai de Joanna, mas não conseguiu localizá-lo. Na semana passada, ele afirmou que o laudo do IML comprova sua inocência. A mãe da criança, a médica Cristiane Marcenal Ferraz, acusa Marins de ter maltratado a filha.

Antes de ficar em coma, a menina foi atendida e liberada num hospital na zona oeste do Rio, por um falso médico, que teve a prisão preventiva decretada no dia 10 de setembro, mas ainda está foragido. A pediatra que o contratou foi presa.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página