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03/11/2010 - 08h29

Após polêmica, parque Buenos Aires, no centro de SP, libera uso de biquíni

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EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO
MARIA PAULA AUTRAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Tomar sol de biquíni ou de sunga no parque pode? E tomar uma cervejinha? Fazer churrasco? E pedir esmola? Tudo isso era proibido no parque Buenos Aires, em Higienópolis, um dos bairros mais nobres de São Paulo. Mas as proibições caíram neste fim de semana.

Biquíni no parque Buenos Aires, no centro de SP, divide usuários

No sábado, o "Diário Oficial" da Cidade publicou uma portaria do secretário do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge, com o novo regulamento do parque. O documento é muito mais liberal que o antigo, de 2002.

Na regulamentação anterior, a lista de proibições tinha 35 itens. Na nova, apenas oito. Por exemplo, o item 17, que proibia aos usuários "tomar sol de biquíni ou sunga" desapareceu. Como sumiu o item 3, que proibia a entrada ou permanência de "pessoas alcoolizadas ou que estejam consumindo álcool".

"Pedir esmolas" e "uso de churrasqueiras, fogueiras ou qualquer tipo de fogareiro", que também eram listados como itens proibidos, agora não estão mais.

Andar de patins, skate e patinete: o que antes era proibido, ficou apenas não recomendável. Assim como são práticas recomendáveis "manter cães e gatos com suas coleiras" e "recolher as fezes dos animais".

Daniel Marenco/Folhapress
Pessoas aproveitam o final do feriado no parque Buenos Aires, onde foi liberado o uso de biquíni após polêmica
Pessoas aproveitam o final do feriado no parque Buenos Aires, onde foi liberado o uso de biquíni após polêmica

A portaria saiu dois dias após uma polêmica no parque: o uso do biquíni.

Tudo começou quando Marilia Balbi, 58, foi proibida pelos seguranças de usar biquíni no parque, como a Folha revelou na quinta-feira. Em depoimento à Folha, ela afirmou ter sofrido "intimidação pública lamentável e preconceituosa".

A polêmica continua. Há quem seja contra, outros a favor do uso. A estudante Ana Carolina Maldonado, 23, defende o bom-senso. "Não adianta vir com fio dental. Se ela tiver bom-senso e ficar bonitinha ali escondidinha, não tem problema. Agora, se ela vier com fio dental, eu acho constrangedor porque eu não sou assim", defende.

O médico Carlos Eduardo Rabaça, 63, é contra a liberação do biquíni. "Acho que fica melhor no litoral, e aqui é mais próprio para ter respeito pelas pessoas."

 

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