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10/11/2010 - 19h31

Termina rebelião em cadeia de Manaus; governo confirma morte de 3 presos

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KÁTIA BRASIL
DE MANAUS

Terminou por volta das 19h (horário de Brasília) a rebelião na cadeia pública Raimundo Vidal Pessoa, em Manaus (AM). Os rebelados mataram três detentos durante o tumulto.

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Durante a rebelião, a informação passada pelos órgãos de segurança era que havia quatro detentos mortos.

Cinco agentes sociais --três mulheres e dois homens-- foram mantidos reféns. A primeira a ser liberada foi uma mulher

A assistente social Tereza Maria Barbosa, 39, passou mal e foi levada para atendimento médico pelo Samu. Ela foi solta em troca de água e do restabelecimento da energia elétrica, que havia sido cortada.

Desde 2007, o Sistema Prisional do Amazonas não registrava rebeliões nos cinco presídios de Manaus. A última aconteceu no Ipat (Instituto Penal Antônio Trindade), quando dois presos foram assassinados por rivais.

REBELIÃO

A rebelião havia começado às 11h (13h em Brasília), durante o atendimento social aos presos provisórios, que ainda vão a julgamento.

A cadeia está superlotada, com 828 presos. A capacidade é de 104 detentos.

O desembargador Arnaldo Carpinteiro Péres, do Tribunal de Justiça do Amazonas, que acompanhava as negociações dentro da cadeia, disse que os presos reivindicavam a demissão do diretor da cadeia, Frank Bezerra. "Ele [o diretor] diz que não tem privilégios e não deixa entrar celulares. Isso gerou a insatisfação na cadeia."

À tarde, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Carlos Lauria, disse que não negociava a saída do diretor. Em troca os rebelados apresentaram uma lista de dez reivindicações. Todas foram aceitas, e a rebelião terminou.

A principal reivindicação é a revisão dos processos, o que pode diminuir a lotação. Outra exigência foi a troca da guarda que faz a revista de familiares durante as visitas.

OUTRO CASO

Terminou ontem, após aproximadamente 28 horas, uma outra rebelião no complexo penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, Maranhão. No total, 18 presos foram mortos por rivais. Os cinco reféns foram libertados sem ferimentos.

A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, segundo o major Diógenes Azevedo, comandante do batalhão de choque da PM, acatou algumas reivindicações dos presos para encerrar a rebelião. Eles pediram, entre outras coisas, revisão dos processos e transferências para unidades prisionais mais próximas às famílias.

 

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