Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
12/11/2010 - 00h05

Antonio Saturnino de Mendonça Neto (1945-2010) - Ex-deputado que não se calou

Publicidade

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Muitos leitores alagoanos não viam a hora de a sexta-feira chegar. Era o dia em que o semanal "Extra Alagoas" publicava a coluna de Antonio Saturnino de Mendonça Neto. Seus textos polêmicos eram os mais lidos do jornal.

Leia sobre outras mortes

Filho de um promotor alagoano, Mendonça Neto nasceu na mineira Rio Novo, pois seu pai frequentemente trocava de cidade a trabalho.

No Rio, formou-se em direito e começou no jornalismo. Passou por veículos como "O Cruzeiro" e "Manchete", e deu aulas no curso de comunicação da PUC.

Decidiu morar em Alagoas, terra da família. Como morria de medo de voar, foi do Rio a Maceió no seu Fusca azul. Lá, montou o próprio jornal. Escrevia seus textos, vendia anúncios e distribuía a publicação nas bancas.

Durante os anos 70, entrou para a política. Em 1974, elegeu-se deputado estadual pelo MDB e, quatro anos depois, assumiu como deputado federal. Em 1982, voltou a ser deputado estadual.

Em 1986, foi secretário do Planejamento do governo Collor em Alagoas, com quem rompeu relações.

Combativo em seus textos, inimigo de Collor e Renan Calheiros, acabou conhecido como "a voz que não se cala".

Além do MDB, ele passou pelo PDT e atualmente estava no PSOL, partido pelo qual tentou vaga de deputado estadual neste ano. Não foi eleito com os 1.781 votos que recebeu, número bem inferior aos mais de 20 mil que conseguia décadas atrás.

Há um ano e quatro meses descobriu um câncer de rim. Morreu anteontem, aos 65, em decorrência da doença. Deixa viúva e três filhos.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página