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14/11/2010 - 09h11

Obra para tratar esgoto em Campos do Jordão (SP) causará impactos na temporada

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JOSÉ BENEDITO DA SILVA
ENVIADO ESPECIAL A CAMPOS DO JORDÃO

A discussão sobre o projeto do governo estadual para construir um sistema de tratamento de esgoto para a cidade turística Campos do Jordão (181 km de São Paulo), como informou reportagem da Folha, não deve ser tranquila na Câmara local.

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Conhecida como "Suíça brasileira", Campos do Jordão vai, enfim, tratar esgoto

Eduardo Knapp/Folhapress
Córrego que recebe esgoto sem tratamento passa por Capivari, o bairro mais turístico de Campos do Jordão (SP)
Córrego que recebe esgoto sem tratamento passa por Capivari, o bairro mais turístico de Campos do Jordão (SP)

Apesar de a construção de um sistema de tratamento de esgoto ser considerada uma necessidade histórica da cidade, um dos problemas é a duração das obras -720 dias, inclusive na temporada- e a quantidade de impactos que ela deve provocar no cotidiano de moradores e turistas.

Um deles será a chegada de cerca de 600 operários envolvidos na construção, entre outros, de um sistema de emissários de 5,3 km, que vai cortar a cidade, e da própria estação de tratamento.

Como a legislação municipal veta a construção de alojamentos operários, os trabalhadores terão de ser abrigados em casas alugadas.

Durante dois anos, a ação dos operários vai provocar, segundo o EIA-Rima (estudo de impacto ambiental), intensa movimentação de terra, emissão de gases e odor, geração de ruído, suspensão de poeira e perturbações no trânsito -que na temporada já é extremamente caótico.

"Os transtornos podem ocorrer, mas acredito que eles serão em nosso benefício porque, para o bem comum, o mais importante é a finalização da estação", afirma o secretário municipal de Meio Ambiente, Cláudio Sirim.

RESISTÊNCIA

Talvez os impactos da execução das obras nem sejam os principais obstáculos ao projeto. A resistência de moradores da região onde será construída a estação talvez reedite o revés enfrentado pelo poder público em 1995.

Naquele ano, a mobilização de moradores da Lagoinha enterrou um projeto que já tinha terreno e licença ambiental emitida -a área está até hoje em nome da Sabesp.

A estação de tratamento ocupará uma área equivalente a 60 campos de futebol no caminho do Horto Florestal e, embora esteja a 5 km da cidade, estará em área considerada de expansão urbana pelo plano diretor local.

No entorno da futura estação há condomínios residenciais de alto padrão como o Residencial Florestal Club, o Florestal Gaje, o Granville e a Colônia de Férias Israelita.

"Pode haver reclamações de algumas pessoas que vivem nas proximidades, que são turistas", reconhece Sirim. "Quanto à localização, posso dizer que foram feitos vários estudos, foi um EIA-Rima bem completo e acredito que a gente tenha possibilidade de, enfim, concretizar o sonho da estação."

Editoria de Arte/Folhapress
 

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