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Polícia prende ex-porteiro suspeito de envolvimento em morte de ex-ministro do TSE
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FERNANDA ODILLA
JOHANNA NUBLAT
DE BRASÍLIA
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu em Minas Gerais mais um suspeito de ter assassinado o casal José Guilherme Villela --ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral)-- e Maria Carvalho Villela. O casal e a empregada da família, Francisca da Silva, foram mortos a facadas em agosto de 2009, no apartamento em que moravam, em Brasília.
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Segundo Pedro Cardoso, chefe da Polícia Civil do DF, Leonardo Campos Alves --ex-zelador do prédio onde o casal morava-- descreveu o crime e disse o que fez com as joias roubadas. Alves, que atualmente mora em Montalvânia (MG), foi levado nesta terça-feira à cidade vizinha Montes Claros, onde estaria parte das joias.
Ainda de acordo com o chefe da polícia, o ex-zelador teria agido em conjunto com Paulo Cardoso, tido por Alves como sobrinho, mas sem parentesco. Paulo Cardoso está atualmente preso por outro crime.
O relato do ex-zelador indica que os crimes foram cometidos com o objetivo de roubar as joias e o dinheiro que o casal guardava em casa, diz o chefe da polícia.
Essa não é a primeira vez que a polícia anuncia a prisão de um suspeito das mortes. No ano passado, dois homens foram presos e, depois, liberados. Desde então, o caso teve idas e vindas, incluindo o afastamento da delegada do caso por suspeita de provas plantadas e a prisão da filha do casal, Adriana Villela, sob a alegação de que ela estaria atrapalhando as investigações.
Depois disso, Adriana Villela foi denunciada pelo Ministério Público do Distrito Federal sob acusação de participação na morte dos pais, denúncia acatada pelo Tribunal do Júri de Brasília em outubro deste ano. Agora, após a última prisão, Pedro Cardoso afirma que é preciso esclarecer o eventual papel de Adriana no caso.
Divulgação/Polícia Civil-DF | ||
Planta do apartamento de Vilela, divulgada pela polícia em 2009, com os locais onde foram encontrados os corpos |
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CRONOLOGIA
31.AGO.2009
Os corpos de Guilherme Villela, 73, Maria Carvalho Villela, 69, e da empregada Francisca da Silva, 58, são encontrados pela neta do casal no apartamento em que moravam, na 113 sul (área nobre de Brasília). Eles haviam sido mortos com mais de 70 facadas três dias antes
Set.2009
A polícia suspeita que dois homens, parentes de um ex-funcionário da casa, estariam envolvidos no crime. A faca encontrada no apartamento com traços do que seria sangue e que foi imediatamente tida como a arma do crime pela polícia é descartada. A polícia trabalha com a hipótese de a cena do crime ter sido alterada
Abr.2010
Perícia confirma que chave do apartamento dos Villela recolhida pela polícia é encontrada com suspeitos do crime. A polícia trabalha com duas hipóteses: troca da chave encaminhada à perícia ou tentativa de incriminação indevida dos suspeitos. A delegada do caso, Martha Vargas, é exonerada do cargo de delegada-chefe por suspeita de fraudar a investigação
Ago.2010
Cinco pessoas são presas sob alegação de estarem atrapalhando as investigações, entre elas, a filha do casal, Adriana Villela, tida também como suspeita de encomendar o crime, e uma vidente, que disse ter tido visões sobre o crime
Set.2010
O Ministério Público do DF denuncia Adriana Villela por suspeita de participar do assassinato dos pais e da empregada da família. Como não houve pedido de prisão, a arquiteta responde o processo em liberdade. Os promotores decidem ainda encaminhar a investigação contra a delegada e o agente, suspeitos de plantarem a chave como prova, ao Núcleo de Controle da Atividade Policial
Out.2010
Justiça acata denúncia e Adriana Villela passa a ser ré no caso do triplo assassinado. Segundo a Justiça, a filha do casal teve como motivação "conflitos de família por assuntos financeiros". Ela sempre negou qualquer participação no crime
Fonte: TJDFT e Polícia Civil do DF
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