Espadas de bronze do Monumento do Ipiranga são furtadas em São Paulo

Cavaleiros de uniformes militares impecáveis montando belos cavalos e empunhando suas espadas às margens do riacho Ipiranga, na zona sul de São Paulo. Essa é a história contada pelo Monumento do Ipiranga, escultura de mármore e bronze instalada no local onde d. Pedro 1º proclamou a independência do Brasil.

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Embora existam dúvidas sobre a qualidade do uniforme e sobre a montaria -as pesquisas mais recentes apontam que eram mulas, não cavalos-, o certo é que espadas havia.

Mas na escultura, em frente ao Museu do Ipiranga, os cavaleiros sobre seus cavalos, braços erguidos, empunham nada. As espadas, de bronze, foram furtadas "em época impossível de precisar" e ainda não foram recolocadas pela prefeitura.

De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura, responsável pelos monumentos paulistanos, as espadas foram levadas aos poucos.

A última reposição, segundo a pasta, foi em 2008. De lá para cá, as espadas foram sumindo até que se chegou à situação atual: nenhuma espada mais está lá.

Em nota, a Secretaria da Cultura informou que o Departamento do Patrimônio Histórico contratou um diagnóstico a respeito das ligas de bronze usadas na fabricação do monumento, que será restaurado a partir de 2011. Até lá, nada de espadas.

O Monumento da Independência, de autoria do italiano Ettore Ximenes, foi inaugurado ainda incompleto em 1922, no centenário da Independência. A obra é tombada pelos patrimônios históricos do município, do Estado e da União.

Em sua cripta estão os restos mortais de d. Pedro 1º, da imperatriz Leopoldina e de Amélia Augusta Eugênia Napoleão de Beauharnais, primeira e segunda mulheres do imperador.

	Eduardo Knapp/Folhapress
	Espadas de bronze dos cavaleiros do Monumento do Ipiranga foram furtadas "em época impossível de precisar"