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24/11/2010 - 18h08

Zelador depõe de novo e aponta filha de ex-ministro do TSE como mandante de mortes

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LARISSA GUIMARÃES
DE BRASÍLIA

O promotor Maurício Miranda, do Ministério Público do DF, confirmou nesta quarta-feira mais uma reviravolta no caso do assassinato do ex-ministro do TSE José Guilherme Villela e da mulher dele, Maria Carvalho. A filha do casal, Adriana Villela, foi apontada como mandante do crime por Leonardo Alves, ex-zelador do prédio em que a família morava.

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Em depoimento anterior, Alves já havia afirmado que matou, em companhia de um amigo, o casal Villela e a empregada Francisca da Silva em agosto de 2009.

"Ele [Leonardo Alves] envolveu diretamente Adriana", afirmou o promotor.

O novo depoimento do ex-zelador ocorreu na terça-feira (23), segundo Miranda. O promotor disse que não poderia dar mais detalhes sobre o depoimento de Leonardo Alves para garantir o sigilo da investigação. Não foi informado, por exemplo, como foi o possível contato entre Adriana e Alves.

"Esse é apenas o primeiro passo de uma investigação que ainda terá uma etapa mais demorada, com quebra de sigilos", disse Miranda.

A defesa de Adriana Villela nega qualquer participação dela no crime e afirma que há diversas falhas na investigação policial.

INVESTIGAÇÃO

Essa não é a primeira vez que a apuração do caso tem uma reviravolta. No ano passado, dois homens foram presos suspeitos do crime e, depois, liberados. Desde então, o caso teve idas e vindas, incluindo o afastamento de uma delegada do caso por suspeita de provas plantadas e a prisão da filha do casal sob a alegação de que ela estaria atrapalhando as investigações.

Depois disso, Adriana Villela foi denunciada pelo Ministério Público do Distrito Federal sob acusação de participação na morte dos pais, denúncia acatada pelo Tribunal do Júri de Brasília em outubro deste ano. Após a última prisão, Pedro Cardoso, chefe da Polícia Civil do DF, chegou a afirmar que era preciso esclarecer o eventual papel de Adriana no caso.

Divulgação/Polícia Civil-DF
Planta do apartamento do ex-ministro com os locais onde foram encontrados os corpos divulgada pela polícia em 2009
Planta do apartamento de Vilela, divulgada pela polícia em 2009, com os locais onde foram encontrados os corpos

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CRONOLOGIA

31.AGO.2009

Os corpos de Guilherme Villela, 73, Maria Carvalho Villela, 69, e da empregada Francisca da Silva, 58, são encontrados pela neta do casal no apartamento em que moravam, na 113 sul (área nobre de Brasília). Eles haviam sido mortos com mais de 70 facadas três dias antes

Set.2009

A polícia suspeita que dois homens, parentes de um ex-funcionário da casa, estariam envolvidos no crime. A faca encontrada no apartamento com traços do que seria sangue e que foi imediatamente tida como a arma do crime pela polícia é descartada. A polícia trabalha com a hipótese de a cena do crime ter sido alterada

Abr.2010

Perícia confirma que chave do apartamento dos Villela recolhida pela polícia é encontrada com suspeitos do crime. A polícia trabalha com duas hipóteses: troca da chave encaminhada à perícia ou tentativa de incriminação indevida dos suspeitos. A delegada do caso, Martha Vargas, é exonerada do cargo de delegada-chefe por suspeita de fraudar a investigação

Ago.2010

Cinco pessoas são presas sob alegação de estarem atrapalhando as investigações, entre elas, a filha do casal, Adriana Villela, tida também como suspeita de encomendar o crime, e uma vidente, que disse ter tido visões sobre o crime

Set.2010

O Ministério Público do DF denuncia Adriana Villela por suspeita de participar do assassinato dos pais e da empregada da família. Como não houve pedido de prisão, a arquiteta responde o processo em liberdade. Os promotores decidem ainda encaminhar a investigação contra a delegada e o agente, suspeitos de plantarem a chave como prova, ao Núcleo de Controle da Atividade Policial

Out.2010

Justiça acata denúncia e Adriana Villela passa a ser ré no caso do triplo assassinado. Segundo a Justiça, a filha do casal teve como motivação "conflitos de família por assuntos financeiros". Ela sempre negou qualquer participação no crime

Fonte: TJDFT e Polícia Civil do DF

 

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