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Protesto contra texto do chanceler do Mackenzie sobre homofobia termina com um preso
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DE SÃO PAULO
Terminou por volta das 21h o protesto que reuniu cerca de 500 pessoas o "Manifesto Presbiteriano sobre a Lei da Homofobia", texto assinado pelo chanceler Augustus Nicodemus Gomes Lopes, da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Uma pessoa foi detida pela PM após tentar rasgar uma bandeira e agredis os manifestantes.
Veja imagens de protesto contra a homofobia na frente do Mackenzie
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A manifestação teve início por volta das 17h na rua Itambé, região central de São Paulo. Moradores de um prédio localizado na esquina da avenida Higienópolis com a rua Itambé jogaram ovos nos manifestantes. Um homem e uma mulher foram atingidos.
O grupo seguiu até a avenida Paulista, passando pela estação Brigadeiro do metrô onde quatro jovens foram agredidos no último dia 14. Segundo a polícia, a agressão teve motivação homofóbica. Alguns rapazes carregaram lâmpadas fluorescentes manchadas de vermelho; um dos jovens foi agredido no rosto com uma lâmpada.
Membros de organizações LGBT e alunos do Mackenzie --contrários ao posicionamento do chanceler-- participaram protesto. Os manifestantes tinham cartazes que diziam "Educação laica, chega de inquisição", "Amar é um direito de todos" e "Criminalização da homofobia já". Um dos gritos de ordem do protesto era "Contra homofobia, a luta é todo dia".
Policiais militares e agentes da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) acompanharam os manifestantes durante todo o protesto.
POLÊMICA
O texto do chanceler, que é contra a aprovação do PL 122 que criminaliza a homofobia no Brasil, foi publicado no site da universidade na semana passada e replicado em blogs, mas já foi retirado do ar. O protesto foi marcado via Facebook (rede social).
Nele, o chanceler, cargo máximo da universidade, recomenda à comunidade acadêmica a se orientar pelo que pensa a Igreja Presbiteriana do Brasil, associada vitalícia da instituição de ensino.
"Os cristãos se guiam pelos referenciais morais da Bíblia e não pelas mudanças de valores que ocorrem em todas as culturas", afirma Lopes, antes de dar parênteses ao que diz a igreja.
Na ocasião, a assessoria do Mackenzie afirmou que a universidade "se posiciona contra qualquer tipo de violência e descriminação" e "contra qualquer tentativa de se tolher a liberdade de consciência e de expressão garantidas pela Constituição".
No manifesto da igreja, endossado pelo chanceler, a instituição diz que é contra à aprovação da lei "por entender que ensinar e pregar contra a prática do homossexualismo não é homofobia".
Em nota divulgada hoje, a assessoria disse que o Mackenzie respeita o direito de expressão de todos os cidadãos e reconhece o direito de manifestação pacífica.
"Hoje consolidada como uma das instituições de ensino mais conceituadas do país, a Universidade Presbiteriana Mackenzie, que possui cerca de 40 mil alunos e 3 mil funcionários, sempre prezou pelo respeito à diversidade e pelo direito de liberdade de consciência e de expressão religiosa", diz a nota.
Edson Silva/Folhapress | ||
Protesto contra texto do chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie que se disse contra a criminalização da homofobia |
Com JAMES CIMINO
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