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25/11/2010 - 12h41

Prefeito do Rio pede à população que não se "acovarde" por causa de "terroristas"

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RODRIGO RÖTZSCH
DO RIO

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), fez na manhã desta quinta-feira um apelo à população para que não se "acovarde" diante da onda de ataques do tráfico e respalde a política de segurança pública do Estado.

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Paes dedicou seu discurso, em um evento para sancionar um pacote de incentivos à instalação de novos hotéis na cidade, à atual situação de segurança na cidade.

Desde domingo, foram incendiados pelo menos 55 veículos e confrontos entre polícia e criminosos deixaram 27 mortos.

"O que nós temos são ações de terrorismo, claramente para deixar as autoridades num córner e gerar um clima de "essa política não está dando certo porque a gente faz o que quer'. Não fazem o que querem nesta cidade!", afirmou.

O prefeito disse que, diferentemente de antecessores, "nós não estamos pedindo nem vamos pedir trégua a terroristas, marginais, delinquentes".

"Nós vamos dizer: "Vem'. Querem enfrentar o Estado, venham. Nós vamos reagir com tudo."

Paes afirmou que o Rio vive um ponto de virada na sua história. "Vamos ganhar essa briga agora. Desta vez a gente não pode recuar. Os problemas que vão acontecer nos farão sofrer, mas farão bem para esta cidade e este Estado."

Apu Gomes/Folhapress
Carros são queimados durante série de ataques no Rio de Janeiro; veja outras fotos
Carros são queimados durante série de ataques no Rio de Janeiro; veja outras fotos

"O meu apelo a todos os cariocas é respaldar as forças de segurança e não nos acuarmos. Estou pedindo às pessoas que não se acovardem, que não caiam na boataria. Não vamos nos render a marginais desorganizados", pediu.

Paes atribuiu a deterioração da segurança pública no Rio a falta de políticas de antigos governadores e prefeitos para o setor.

"O Rio passou por um período muito maior do que o aceitável sem que as autoridades tomassem qualquer tipo de atitude e reação. O Estado perdeu em determinado momento sua soberania sobre certos pontos da cidade", afirmou.

Ele relatou que, quando assumiu o cargo, no ano passado, se surpreendeu ao saber que teria que fazer um caminho mais longo entre a residência oficial da Gávea Pequena (zona Norte) e o centro administrativo da Prefeitura, no centro da cidade, por não poder passar por uma rua próxima ao morro do Borel, então dominado pelo tráfico.

"Como o prefeito não pode passar por uma rua da sua cidade?", questionou.

Neste ano, foi implantada no Borel uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). Desde então, o prefeito toma o caminho mais curto para o trabalho.

O governo do Estado atribui a onda de violência a uma reação de facções criminosas às UPPs.

Paes disse que o caminho para pacificar toda a cidade é "duro e tortuoso", mas que não será alterado.

"Ninguém disse [na campanha eleitoral] que o problema está resolvido. O que dissemos é que apareceu uma luz no fim do túnel. Não encontramos a solução para todos os problemas, mas encontramos um caminho a ser percorrido", afirmou. "Não é possível que o Rio vá sucumbir a essa ridícula minoria."

 

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