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22/12/2010 - 22h33

TST ordena que 80% dos funcionários das companhias aéreas trabalhem na greve

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DE SÃO PAULO

O presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministro Milton de Moura França, concedeu por volta das 20h30 desta quarta-feira, uma liminar (decisão provisória) determinando que sejam mantidos em atividade 80% dos funcionários das companhias aéreas entre esta quinta-feira (23) e o dia 2 de janeiro.

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A decisão, que pretende debelar a greve anunciada por aeroviários (funcionários que trabalham em terra) e aeronautas (pilotos e comissários) para esta quinta, antevéspera de Natal, foi justificada pelo ministro "de forma a viabilizar o transporte aéreo em todo o território nacional".

Foi fixada multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento da decisão. A liminar atende ação movida procurador-geral do Trabalho, Otávio Brito Lopes.

Na decisão, o ministro ressalta que o direito de greve é garantido pela Constituição, mas afirma que também "decorre de preceito constitucional que todos os cidadãos têm o direito de livre locomoção em todo o território nacional, por todos os meios de transportes disponíveis".

França também afirma que o trabalho dos funcionários é atividade considerada essencial, daí o dever de assegurar o pleno atendimento da comunidade, ainda mais devido ao movimento ter sido deflagrado a dois dias do Natal.

Rodrigo Capote/Folhapress
Passageiros enfrentam atrasos em voos no aeroporto de Guarulhos, na Grande SP
Passageiros enfrentam atrasos em voos no aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo

GREVE

Com dissídio (negociação de reajuste salarial) marcado para dezembro, os sindicatos de aeroviários e aeronautas prometem entrar em greve a partir desta quinta-feira. Uma assembleia está marcada para às 5h para decidir os rumos da paralisação.

As empresas ofereceram inicialmente um reajuste de 6,08% que representa apenas a inflação do período de acordo com o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Após reunião ontem com o Ministério Público do Trabalho em Brasília, revisaram a proposta para 6,5%, mas não houve acordo.

O patamar ainda é bastante abaixo do percentual que os funcionários reivindicam, de 13% a 30%, dependendo da faixa salarial.

Arte/Folhapress

 

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