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Voo internacional da TAM decola com atraso de uma hora; 18% dos voos têm atrasos
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DE SÃO PAULO
Um voo da TAM, com destino à Santiago, no Chile, atrasou uma hora, nesta quinta-feira, porque o comandante da aeronave teve de ser substituído. Passageiros reclamaram de falta de informações durante a espera no aeroporto de Guarulhos (Grande SP).
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O voo 8028 havia saído do Rio de Janeiro e o atraso ocorreu durante escala no aeroporto de Cumbica. Com saída prevista para as 18h30, a aeronave só decolou às 19h30 --segundo a TAM.
Bruno Diegues, 29, era um dos passageiros do voo e disse estar desapontado com a confusão. 'Ficamos no portão de embarque e ninguém da TAM deu satisfação do que estava acontecendo".
Além disso, Diegues reclamou que a tripulação ficou trancada dentro da aeronave durante a espera.
Segundo a TAM, o atraso ocorreu por que o comandante da aeronave teve de ser substituído. Já em relação à tripulação ter ficado dentro do avião, a companhia aérea disse que a equipe fazia uma reunião de Briefing.
ATRASOS
Balanço da Infraero (estatal que administra os aeroportos do país) divulgado às 20h desta sexta-feira, véspera de Natal, apontou que dos 2.195 voos programados desde a 0h em todos os aeroportos do Brasil, 400 (18%) sofreram atrasos de mais de meia hora e 143 foram cancelados (6,5%). Nesta quinta-feira (23), no último balanço divulgado às 23h, o índice de voos atrasados era de 40% dos 2.560 programados. No total, 1.024 sofreram atrasos acima de 30 minutos e 107 voos foram cancelados.
A greve dos funcionários das empresas aéreas, que estava prevista para ontem, foi suspensa até o dia 10 de janeiro. Na manhã de quinta, quando foi anunciada a paralisação, o índice de voos atrasados era de 30,1% e o de cancelados, 5,5%.
Por volta das 20h desta sexta, o aeroporto internacional de Guarulhos (Grande SP) tinha 87 (31%) voos atrasados, dos 158 programados e 8 (4,3%) cancelados. Já no aeroporto de Congonhas, zona sul de São Paulo, dos 194 voos programados, 26 (13,4%) sofreram atrasos e 36 (18,6%) foram cancelados.
No aeroporto Santos Dumont, no Rio, dos 145 voos, 13 (9%) estava atrasado e 29 (20%) haviam sido cancelados. No Galeão, também no Rio, dos 100 voos, 22 (22%) sofreram atrasos e um foi cancelado (1%).
No aeroporto de Brasília, dos 169 voos programados, 36 (21,3%) estavam atrasados e 7 voos (4,1%) foram cancelados.
LIMINAR CANCELADA
O SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários) conseguiu cancelar na Justiça, na noite desta quinta, liminar da Justiça Federal no Distrito Federal que estendia até 10 de janeiro a proibição de greve da categoria, sob pena de multa de R$ 3 milhões por dia no caso de descumprimento.
Portanto, fica mantida a decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho), da última quarta-feira (22), que determina atividade de 80% do efetivo dos aeronautas e aeroviários entre 23 de dezembro e 2 de janeiro de 2011.
Segundo a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, assim que receberam a notícia, os aeroviários suspenderam as manifestações feitas ontem no Rio de Janeiro, em Salvador, Confins e Brasília. "Vamos fazer uma pausa por conta do Natal e retomar segunda-feira [27] o comando da campanha", disse Selma.
Ela acrescenta que a maioria da categoria dos aeroviários ainda não soube da notícia. "Esperamos resolver essa situação antes do Ano Novo. É a nossa expectativa, não quer dizer que vá acontecer", aifrmou Balbino.
A greve do setor aéreo, que havia sido anunciada pela categoria, foi suspensa ontem de manhã após decisões judiciais.
PARALISAÇÃO
Ontem os aeroviários fizeram um protesto no Galeão. Segundo a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, o objetivo era fazer uma paralisação de 20% dos funcionários.
O protesto foi motivado pela decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho), diz Balbino, que obriga a manutenção de um efetivo de 80% dos trabalhadores do setor aéreo.
GREVE
A ameaça de greve dos funcionários começou após impasse nas negociações do reajuste salarial. No início da negociação, as empresas queriam apenas repor a inflação --calculada em 6% pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor)-- e oferecer ganhos reais somente a partir de abril. Os aeroviários (trabalhadores em terra) pediram reajuste de salários de 13% e um percentual ainda maior, de 30%, para os que recebem o piso. Os aeronautas aeronautas (pilotos e comissários) queriam aumento de 15%.
Após reunião na manhã de ontem, o sindicato patronal apresentou proposta de reajuste de 8% e desistiu, por enquanto, de mudar o dissídio (negociação de reajuste salarial) de dezembro para abril. A greve foi suspensa pelos funcionários, mas um acordo ainda não foi fechado.
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