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14/01/2011 - 10h03

Ministério da Saúde libera R$ 8,9 mi para ajudar vítimas das chuvas no Rio

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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Ministério da Saúde liberou nesta sexta-feira R$ 8,9 milhões prometidos ontem para ampliar a assistência hospitalar da região serrana do Rio, arrasada por chuvas desde a noite de terça-feira (11). A decisão foi publicada no "Diário Oficial da União".

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De acordo com a portaria, serão cerca de R$ 2,1 milhões para Nova Friburgo, R$ 4,7 milhões para Petrópolis e R$ 1,9 milhão para Teresópolis. Ainda segundo o texto, a situação devido às chuvas pode potencializar a ocorrência de doenças, sobretudo as transmitidas por água, alimentos, reservatórios e animais peçonhentos.

Ontem, a Prefeitura de Teresópolis, na região serrana do Rio, informou que precisa urgentemente de doações de vacinas antitetânico e contra hepatite A. O município também necessita de seringas de 5 ml, agulhas 13x7,5, luvas, gazes, ataduras crepon e colchonetes.

As doações devem ser entregues no ginásio Pedro Jahara ("Pedrão"), na rua Tenente Luiz Meirelles, 211, centro. O local também recebe doações de alimentos, roupas, cobertores, colchonetes e itens de higiene pessoal (sabonete, pasta dental, fralda descartável, absorvente).

Ao menos 510 pessoas morreram na região serrana do Rio desde terça em consequência da chuva, segundo dados da Defesa Civil, do IML (Instituto Médico Legal) e das prefeituras.

Editoria de Arte/Folhapress

GOVERNO

A presidente Dilma Rousseff sobrevoou nesta quinta-feira as áreas afetadas e afirmou que momento vivido pelos moradores da região serrana é "dramático" e que as cenas que presenciou são "muito fortes".

O governador Sérgio Cabral (PMDB) voltou a culpar as prefeituras das cidades da região serrana pelo incentivo à moradia em áreas de risco. "Lamentavelmente, o que nós tivemos em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, da década de 1980 pra cá, foi um problema muito semelhante com o que ocorreu na cidade do Rio, que é a desgraça do populismo. Deixar a ocupação pelos mais pobres das áreas de risco", disse. Cabral disse que, apesar de haver mortos que estavam em casas de alto padrão, a maior parte das vítimas são "pessoas humildes".

Os bombeiros afirmam que uma das maiores dificuldades encontradas pelas equipes de regaste na região serrana do Rio é a falta de comunicação, já que os telefones e a internet estão com problemas. Outra dificuldade enfrentada pelas equipes de resgate é em relação aos acessos em algumas partes das cidades de Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo.

Marlene Bergamo/Folhapress
Voluntários retiram terra de local onde casa está soterrada em Friburgo; mais de 500 morreram na região serrana
Voluntários retiram terra de local onde casa está soterrada em Friburgo; mais de 500 morreram na região serrana

IML

O grande número de corpos no IML (Instituto Médico Legal) de Teresópolis obrigou as equipes de técnicos a adotar o reconhecimento dos mortos por meio de fotografias. Cerca de 50 pessoas estão concentradas em frente ao prédio do IML, em busca de parentes desaparecidos.

As fotos dos rostos dos mortos são mostradas pelos peritos a quem busca informações. Só entram no prédio os parentes que reconheceram vítimas por meio das fotografias. O prédio do IML funciona ao lado de uma delegacia de polícia e tem capacidade para receber apenas seis corpos. Até as 12h de hoje já tinham dado entrada 147 corpos. Outro prédio, em frente à delegacia, teve que ser requisitado para receber corpos.

 

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