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18/01/2011 - 03h00

Grupo de voluntários cria abrigo para cães e gatos abandonados na tragédia no RJ

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VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
ENVIADO ESPECIAL A TERESÓPOLIS

A placa na rua Caramuru, no bairro de Meudon, periferia de Teresópolis (região serrana do Rio), dá a direção para o abrigo, mas o latido e o uivo da matilha são o sinal de que naquele galpão o alojamento é outro.

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Comovidos com o abandono de cães e gatos, 40 voluntários de cidades vizinhas e do Rio se reuniram para resgatar animais cujos donos morreram na chuva ou estão instalados em abrigos, onde os bichos não podem entrar.

Desde sexta, 200 cachorros e 100 gatos já foram para o abrigo. Muitos estavam soterrados e chegam com pneumonia, patas quebradas, desidratados, desnutridos e com bicheira.

O voluntariado é dividido em dois grupos: um sai para fazer o resgate, outro fica no canil para tratar dos animais.

O trabalho surgiu porque os bombeiros resgatam apenas corpos e sobreviventes.

Criadora do abrigo, a protetora de animais Maria Elisabete Filpi diz ter sido resgatada por bombeiros porque ficou atolada com dois cachorros nos braços.

Um dos voluntários é Bruno Bento, 11, morador do local, que dá ração e água aos cachorros e faz carinho neles, a tarefa de que mais gosta. "Vim porque adoro os animais e fiquei muito triste."

Outros voluntários levam os cães para passear.

Quase todos os cães são vira-latas, mas há animais de todas as raças e portes, de poodles a um rottweiler.

Com a sensação de abandono pela morte do dono, muitos cães entristecem e deixam de comer. Outros estranham e mordem os tratadores, que têm de tomar vacinas contra raiva e tétano.

A história que mais comoveu o abrigo é a de Pelé, labrador encontrado sobre o corpo do dono.

Depois de tratados, os animais irão para feiras de adoção nas cidades da região serrana do Rio. Quem quiser pode ir ao abrigo adotá-los.

Jorge Araujo/Folhapress
Bruno Rodrigues Bento, 11, é voluntário no abrigo e tem a função de dar carinho aos animais que perderam os donos na enchente
Bruno, 11, é voluntário no abrigo e tem a função de dar carinho aos animais que perderam os donos na enchente

COMO AJUDAR

O abrigo fica num galpão na rua Caramuru, nº 200, no bairro Meudon, em Teresópolis.

Os veterinários precisam de coleiras, vacinas contra raiva e V8, remédios antipulga e seringas. O estoque de ração é suficiente para as próximas semanas.

Doações também podem ser feitas por depósito no banco Itaú - agência 6103 (Teresópolis-RJ), conta corrente nº 19.918-5, em nome da Sociedade Grupo Estimação.

Adoção

Quem quiser adotar um dos animais abandonados pode ir ao abrigo e levar RG, CPF e assinar um termo de compromisso.

Editoria de Arte/Folhapress

 

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