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18/01/2011 - 21h16

Depois de cinco dias isolados, produtores de Itaipava começam a contar os prejuízos

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DA AGÊNCIA BRASIL

O pequeno córrego que corta propriedades rurais em Itaipava, distrito de Petrópolis (região serrana do Rio), ainda não voltou ao leito normal, mas os agricultores começaram contar os prejuízos, uma semana depois da chuva que devastou a região.

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Os acessos às cerca de 40 propriedades na estrada das Cachoeiras foram desbloqueados há dois dias e os tratores chegam, agora, para recuperar pontes e remover os troncos de árvores trazidos pela enxurrada. O local fica perto do Vale do Cuiabá, uma das áreas da cidade que registraram a maior quantidade de mortes. Os telefones só voltaram a funcionar nesta quarta-feira, e a luz foi religada pelos próprios moradores.

O produtor Márcio Ferreira estima um prejuízo de R$ 40 mil. "Era todo o capital que eu tinha. Não sei como recomeçar". Ele ficou ilhado cinco dias. Nesse período, bebeu água da piscina e compartilhou com vizinhos a pouca comida armazenada. Com ajuda de empregados e moradores da região, Ferreira conseguiu alugar um trator para retirar os troncos da porta de casa e dragar o córrego, na tentativa de drenar o solo ainda inundado.

Vanderlei Almeida/AFP
Militares auxiliam trabalho em área de Petrópolis devastada pela chuva; veja imagens
Militares auxiliam trabalho em área de Petrópolis devastada pela chuva; veja imagens

O pequeno riacho, que antes das chuvas era bem estreito e chegava a ter 7 metros de profundidade, agora não passa de 40 centímetros e a água corre espalhada por todo o terreno.

"Estamos juntando os troncos, enterrando os animais, reconstruindo a rede elétrica, porque a água engoliu os postes, tentando salvar o que ficou", contou o produtor, que perdeu a estufa, dois carros e as plantações de flores e hortaliças.

Na propriedade ao lado, que vende produtos orgânicos para todo o país, além da devastação provocada pela enxurrada, pedras rolaram sobre as áreas de cultivo e o prejuízo foi total. "Tem uma semana que não produzimos nada", informou a responsável do Sítio Moinho, Verônica Bernardes. Eles acreditam que perderam cerca de R$ 80 mil.

Os produtores cobram ajuda governamental. O receio é que uma nova enchente carregue tudo e provoque mais tragédias nas casas que ficam no curso do córrego. Outra preocupação é com doenças, já que animais foram carregados pelas águas e estão apodrecendo em meio à vegetação arrastada pela enxurrada. Por meio da Diretoria de Agricultura, a prefeitura de Petrópolis informou que, até o momento, a prioridade são as áreas com vítimas e desaparecidos.

Editoria de Arte/Folhapress

 

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