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21/01/2011 - 14h41

Mineradora é interditada após rompimento de represa em SP

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MARIANA DESIDÉRIO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A CRS Mineração Indústria e Comércio Ltda, responsável pela represa que se rompeu em Analândia (214 km de São Paulo) na terça-feira (18), foi interditada pelo DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral).

Represa de mineradora se rompe e abre cratera em SP
Rompimento de represa em Analândia prejudica abastecimento em Piracicaba

De acordo com o órgão, além do acidente, outros cinco motivos levaram ao fechamento. A mineradora não tem registro no Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) e realizava mineração em desacordo com o plano de lavra. Isso significa que a empresa colocava interesses econômicos acima das normas técnicas corretas para a atividade, afirma o geólogo e superintendente do DNPM em São Paulo, Enzo Luis Nico Júnior.

O plano de lavra existente também estava desatualizado e não havia sinalização obrigatória na mina, segundo o DNPM.

Após o acidente, a mineradora deveria, por lei, ter contatado o departamento imediatamente, o que não foi feito, de acordo com o DNPM. "Eles não avisaram. Eu fiquei sabendo pela televisão", diz Nico Junior.

A CRS foi procurada pela reportagem por telefone, mas foi informada que, no horário, não havia responsáveis na empresa para falar sobre o caso. Assim que houver uma resposta, será incluído neste texto.

ESTRAGOS

O rompimento da represa abriu uma cratera na estrada que liga Analândia à cidade vizinha Corumbataí e provocou a queda de uma ponte. Ninguém ficou ferido, mas animais de um sítio próximo foram arrastados pela água.

O acidente causou ainda vazamento de um grande volume de lama para o córrego do Veado atingindo o rio Corumbataí, de acordo com a Cetesb (Companhia Ambietal do Estado de São Paulo).

O material não contém substâncias tóxicas, mas o impacto ambiental do vazamento foi grande, afirma a Cetesb --afetou a mata ciliar no córrego deixou a água mais turva.

Isso prejudicou o abastecimento de Piracicaba (160 km de São Paulo), pois a água que seria captada na estação de tratamento Capim Fino foi considerada imprópria.

MULTA

O DNPM já afirma que vai multar a mineradora por conta das irregularidades. Já a Cetesb diz que ainda avalia se haverá multa ou não.

 

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