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24/01/2011 - 20h52

Seca prejudica economia de cidades do RS

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GRACILIANO ROCHA
DE PORTO ALEGRE

Com 6.000 habitantes, metade deles vivendo na zona rural, a pequena Hulha Negra (371 km de Porto Alegre) é um retrato da calamidade provocada pela seca no pampa gaúcho.

Seca deixa 13 municípios do RS em situação de emergência

A estiagem nocauteou a economia local. A produção de leite no município, que era de 350 mil litros ao mês, caiu 60%, e só metade da área destinada ao trigo foi plantada.

Não chove desde outubro, e a água está chegando às propriedades em caminhões-pipa. Na cidade, a prefeitura estabeleceu racionamento, porque dois dos nove poços artesianos estão secos.

"Alguns bairros só recebem água uma hora por dia. Parece uma coisa mágica essa estiagem, porque secou açudes, barragens e poços muito rápido", diz o prefeito Carlos Renato Machado (PP).

Como 90% das propriedades têm menos de 40 hectares, a seca afetou a subsistência dos pequenos produtores e causou uma reação em cadeia no comércio da cidade.

Como paliativo, a prefeitura diz que está distribuindo 500 cestas básicas enviadas pelo governo estadual.

Hulha Negra é um dos 13 municípios do sul do RS que decretaram situação de emergência desde dezembro.

Até dia 14, o governo gaúcho estimava em R$ 140 milhões o prejuízo com a seca. A conta já ultrapassou R$ 200 milhões, no entanto, porque não incluía Dom Pedrito (439 km de Porto Alegre), cidade de 40 mil habitantes que só decretou emergência na semana passada.

No pampa gaúcho, um dos principais produtores de carne do país, a engorda dos rebanhos de corte também foi afetada. "Como o pasto está muito ressentido, nem os bois engordam nem as vacas entram no cio. Vamos deixar de produzir 40 mil bezerros neste ano", diz o secretário de Agricultura de Dom Pedrito, Jeferson Vargas.

 

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