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28/01/2011 - 15h06

Bombeiro suspeito de matar 9 em Curitiba se entrega à polícia

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JEAN-PHILIP STRUCK
DE CURITIBA

O ex-comandante do Corpo de Bombeiros do Paraná suspeito de matar nove usuários de drogas em Curitiba se entregou à polícia na tarde desta sexta-feira, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná.

Ex-comandante dos bombeiros é suspeito de matar 9

O coronel Jorge Luiz Thais Martins, 56, era procurado desde ontem, quando foi expedido um mandado de prisão preventiva contra ele.

Segundo a polícia, a suspeita é que o coronel cometeu os crimes por vingança. Os assassinatos ocorreram entre agosto de 2010 e janeiro deste ano, logo depois que dois adolescentes, usuários de drogas, apreendidos por suspeita de matarem o filho do coronel, em 2009, foram soltos por falta de provas no ano passado.

Jorge Guilherme Martins, 26, foi assassinado em 22 de outubro de 2009, numa tentativa de assalto. À época, seu pai era comandante do Corpo de Bombeiros do Paraná, e o crime gerou bastante repercussão no Estado.

Jorge chegava na casa da namorada, num bairro da zona sul de Curitiba, depois de uma festa, quando foi abordado. Ele foi morto com dois tiros. Sua namorada ficou ferida ao ser atingida também por dois disparos.

Segundo a polícia, os nove usuários de drogas foram todos assassinados no mesmo bairro em que o filho do coronel foi morto. A polícia afirma que, aparentemente, eles não tinham relação com o crime.

A polícia chegou até o coronel após um usuário de drogas que sobreviveu a um ataque ter reconhecido o ex-comandante como o autor da tentativa de homicídio. Martins comandou a corporação o Corpo de Bombeiros do Estado de junho de 2007 a dezembro de 2009.

Ontem, o advogado do coronel, Eurolino dos Reis, afirmou que as acusações contra seu cliente não procedem e que o inquérito tem falhas. "Citam, por exemplo, como sendo de sua autoria um assassinato ocorrido quando ele estava fora da cidade. Estão cometendo um crime contra um homem honrado, que nunca sequer andou armado", disse.

O advogado também afirmou que a polícia deveria tomar cuidado ao ouvir testemunhos de pessoas "que estavam sob efeito de drogas" quando os crimes ocorreram. Ele afirmou ainda que seu cliente está bastante abalado com as acusações.

 

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