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Dois presos são mortos em presídio de Alagoas
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SÍLVIA FREIRE
DE SÃO PAULO
Dois presos foram encontrados mortos no início da manhã deste domingo (30) em uma cela da enfermaria do presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió (AL).
Um deles estava pendurado pelo pescoço por um pedaço de tecido, e outro estava no chão, com marcas de golpes de faca.
A cela estava trancada por fora por dois cadeados. A informação é do advogado Everaldo Patriota, integrante do Conselho Estadual dos Direitos Humanos de Alagoas, que esteve no local.
Segundo a Intendência do Sistema Penitenciário de Alagoas, a causa das mortes só será conhecida após laudo do Instituto de Criminalística. As circunstâncias das mortes serão investigadas pela intendência. A assessoria de imprensa do órgão informou que uma equipe de saúde permanece o tempo todo na enfermaria.
A intendência não soube informar se os mortos José Juvêncio dos Santos Neto, 31, e José Domingos da Silva, 41, eram condenados ou estavam detidos temporariamente.
O presídio Baldomero Cavalcanti é o maior do Estado, com 740 presos, e deveria abrigar apenas presos já condenados. Atualmente, abriga também presos temporários.
CRISE NO SISTEMA PRISIONAL
As duas mortes ocorrem em um momento de crise no sistema prisional do Estado.
Os agentes penitenciários encerraram ontem uma greve iniciada há mais de duas semanas. Neste período, os presos ficaram sem banho de sol e sem receber visitas. Pelos menos dois princípios de rebelião ocorreram durante a paralisação.
Na madrugada de sábado, outros dois presos do Baldomero Cavalcanti foram espancados e feridos a golpes de estiletes. Eles foram atendidos no Hospital Geral do Estado e não correm risco de morte. Um dos presos que havia sido liberado do hospital estava na enfermaria quando ocorreram as mortes, mas em uma outra cela.
Na semana passada, o Ministério Público de Alagoas abriu um procedimento para investigar se presos do Baldomero Cavalcanti sofreram torturas por agentes públicos na tentativa de conter uma rebelião na unidade, ocorrida no dia 21. Familiares de presos denunciaram os supostos maus-tratos contra os detentos.
Um grupo de 18 presos passou por exame de corpo de delito. Segundo Patriota, nem os dois presos mortos nem os dois feridos estavam entre eles.
O Ministério Público também vai investigar se agentes estavam dificultando a entrada de médicos nas unidades.
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