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06/02/2011 - 11h43

Beltrame diz que objetivo foi alcançado em ocupação de favelas

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FERNANDO MAGALHÃES
DO RIO

O secretário de segurança do Estado do Rio, José Mariano Beltrame, disse que a operação realizada na manhã deste domingo em favelas de três bairros da região central da capital fluminense atingiu seu objetivo.

Bope começa a instalar base após tomar favela no Rio
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Polícia ocupa nove favelas do centro sem troca de tiros
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"Conseguimos agir e cumprir o objetivo da Polícia que é obter o território sem aumentar as estatísticas de homicídios e balas perdidas. Nossa preocupação é com a população. Temos que apresentar resultados. Acredito que o resultado foi atingido", destaca.

Beltrame fez no fim da manhã um pronunciamento sobre a operação que ocupou os morros do Complexo de São Carlos, no Centro e em Santa Teresa. Autoridades da Polícia Civil, Militar, Polícia Rodoviária Federal e Marinha, que participaram do trabalho nas comunidades, também estiveram presentes na coletiva.

Perguntado se havia informações de para onde teriam fugido os bandidos, o secretário afirmou que "as coisas não podem ser feitas de uma vez só". "Não adianta agir de maneira atabalhoada. Prefiro que essas pessoas saiam e que nós ocupemos o território".

Antonio Scorza/AFP
Polícia celebra tomada de morro no Rio com hasteamento de bandeira do Brasil e sinalizadores de fumaça azul
Polícia celebra tomada de morro no Rio com hasteamento de bandeira do Brasil e sinalizadores de fumaça azul

Beltrame disse ainda que assim que os homens do Bope, do Batalhão de Choque e do Batalhão de Polícia Florestal darem o retorno de que é possível instalar a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), isto será feito. Por enquanto, eles permanecerão lá por tempo indeterminado.

Depois desta operação que começou às 6h e terminou pouco antes das 8h, a Polícia iniciou a fase de varredura para encontrar armas, drogas e prender traficantes.

OCUPAÇÃO

As forças de segurança ocuparam na manhã desse domingo, sem troca de tiros, as favelas de Santa Tereza e do Complexo do São Carlos, no centro do Rio.

A conclusão da operação foi simbolizada com a detonação de sinalizadores de fumaça azul no alto de cada uma das noves favelas ocupadas do centro.

A operação para ocupar as comunidades do centro da cidade foi anunciada há onze dias pelo governador Sérgio Cabral Filho (PMDB). Durante a semana ele apontou o final de semana como o prazo para a ocupação policial.

O aviso faz parte da estratégia da Secretaria de Segurança de evitar confronto com traficantes durante a ocupação, reduzindo o risco de vítimas entre moradores.

Hudson Corrêa/Folhapress
Bope inicia instalação de uma base temporária no Complexo São Carlos, após ocupação de favelas no centro
Bope inicia instalação de uma base temporária no Complexo São Carlos, após ocupação de favelas no centro

BLINDADOS

Durante a ocupação de favelas no Rio na manhã deste domingo, um blindado da Marinha destruiu um carro, Passat verde ano 82, que estava estacionado na rua Luarindo Rabelo, no Complexo São Carlos, no centro.

"Eles [militares que conduziam o blindado] jogaram o tanque de propósito [em cima do carro]. Foi barberagem. Se eles passaram subindo, como não conseguiram descer", disse o eletricista Sebastião da Silva Machado, 57, dono do carro.

Segundo ele, o blindado subiu a rua até o topo do morro sem atingir o Passat, mas na volta transformou o carro em um monte de ferro retorcido por volta das 6h10.

Machado disse ainda que o Passat estava sem gasolina e, por isso, ficou estacionado na rua. "Reformei esse carro há pouco tempo. A porta era nova, o banco também. Um carro desses deve valer uns R$ 3.000 a R$ 4.000", afirmou.

O blindado também atingiu uma Kombi, amassando sua lateral esquerda. O dono do carro Mario Gonçalves, 59, disse que usa o veículo para fazer frete.

 

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