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Quarenta feridos em acidente com trio elétrico saem do hospital
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RAPHAEL VELEDA
DE BELO HORIZONTE
FÁBIO FREITAS
ENVIADO ESPECIAL A BANDEIRA DO SUL
Quarenta pessoas feridas no acidente com um trio elétrico em Bandeira do Sul (MG), a 427 km de Belo Horizonte, tiveram alta hospitalar, a maioria na manhã desta terça-feira. Doze vítimas continuam hospitalizadas.
Vídeo mostra imagens após acidente com trio elétrico
Velório de vítimas de acidente com trio elétrico lota ginásio
Sobe para 16 nº de mortos em acidente com trio elétrico
Acidente com trio elétrico deixa feridos em MG
O caso mais grave é o de um jovem de 19 anos que foi transferido de Poços de Caldas, a 24 km de Bandeira do Sul, para o setor de queimados do Hospital João 23, em Belo Horizonte.
Em Poços de Caldas, há dez pessoas internadas, uma delas na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Ela está inconsciente e seu estado é considerado grave. Outro ferido está internado na cidade vizinha de Campestre.
Hoje, prédios públicos e parte do comércio não abriram as portas em Bandeira do Sul devido a um feriado municipal. Na praça Nossa Senhora Aparecida, local do acidente, moradores liam os jornais locais e lamentavam as perdas.
Dezesseis pessoas morreram depois que um curto-circuito, provocado provavelmente por uma serpentina metálica, derrubou fios de média tensão (mais de 7.000 volts) em cima de foliões que participavam do pré-Carnaval no último domingo.
O acidente aconteceu pouco depois das 18h. Três fios se partiram. Um caiu em cima de um trio elétrico e dois no chão, ao lado do caminhão, atingindo as pessoas. Além dos mortos, 54 ficaram feridos.
O prefeito, José dos Santos (PP), disse que pretende consultar os moradores para saber se o Carnaband, promovido pela prefeitura, deve ser realizado nos próximos anos.
Segundo Santos, o encontro de carros de boi e um desfile de cavaleiros, programados para a semana seguinte ao Carnaval, devem ser cancelados. No Carnaval, a cidade não tem festa programada.
O motorista José Batista Lopes, 59, pai da costureira Jaqueline Lopes, 19, morta no acidente, acha que o Carnaband não deve acabar. "Está sendo bom, só que houve essa tragédia inexplicável. Só tem que ser mais organizado. Se tivesse alguém pra tomar essas serpentinas metalizadas, não aconteceria isso."
O casal de empresários Paulo Sérgio do Lago, 46, e Jussara Costa, 31, disse que o trio elétrico fechou uma rua, deixando apenas um acesso para socorrer as vítimas. Para o farmacêutico Evaldo Barbosa, 36, o palco montado em frente à prefeitura também atrapalhou a retirada dos feridos. "Só passava uma pessoa por vez", afirmou.
INVESTIGAÇÕES
A Delegacia Regional de Poços de Caldas assumiu as investigações, e deverá ouvir feridos, a Cemig e os bombeiros.
Pessoas que aparecem em vídeos gravados por foliões, soltando serpentinas metalizadas, também deverão prestar depoimento.
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