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14/03/2011 - 15h30

Após recorde de público, Rio limita blocos no Carnaval 2012

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FELIPE CARUSO
DO RIO

O gigantismo do Carnaval de rua carioca bateu recordes de público e turistas neste ano. Segundo dados divulgados na manhã desta segunda-feira pela Prefeitura do Rio, cerca de 4,9 milhões foliões circularam pela cidade. Do 1 milhão de turistas, 40% eram estrangeiros e geraram uma receita de U$ 740 milhões para o município --cerca de R$ 1,2 bilhão.

"Ano que vem vamos chamar o Guinness [livro que registra recordes mundiais]", disse o secretário de Turismo e presidente da Riotur, Antônio Pedro Figueira de Mello.

Se depender da prefeitura, porém, os números do Carnaval 2012 serão menores. Como o número de foliões nos blocos de rua da cidade superou a expectativa em todas as regiões da cidade, não serão autorizados desfiles de novos blocos.

O número de blocos autorizados pela prefeitura já foi menor em 2011 do que no ano passado --de 465 para 424--, mas a redução não significou uma diminuição no número de foliões. "Se a gente deixar solto, amanhã pode ter 7 milhões de pessoas e acontecer uma tragédia. O sucesso do Carnaval é absoluto, vem numa crescente desde 2005 e, se a gente não protegê-lo, pode ser que ele acabe", disse o secretário de Turismo. A prefeitura organiza o Carnaval de rua há três anos.

Para desafogar a zona sul --que teve 1,5 milhão de pessoas em vez das 744 mil esperadas-- a meta é reduzir pela metade esse número. Além da proibição de novos desfiles, a prefeitura vai estudar a mudança dos trajetos para outras regiões. Entre os critérios analisados para as alterações estão a tradição dos blocos e sua identidade com os bairros, como, por exemplo, a Banda de Ipanema, que sai há quase 50 anos pelas ruas da vizinhança.

Apesar de também ter quase o dobro do público esperado neste ano --de 1,5 milhão para 2,8 milhão--, o centro da cidade é a principal opção da prefeitura para receber os blocos vetados na zona sul. Esse foi o caminho trilhado pelo Monobloco, que depois de arrastar uma multidão por diversos bairros da zona sul, desfilou em 2011 pela terceiro ano seguido no centro do Rio. "No começo eles reclamaram muito comigo e ficaram tristes com a mudança. Hoje, já tem gente do Monobloco chamando a av. Rio Branco de casa", disse Antônio Pedro.

Ele descartou também a possibilidade de criação de um circuito de rua para os blocos, como é em Salvador. Para o secretário, um dos maiores problemas do planejamento do Carnaval de rua carioca foi a diferença entre o público estimado pelos blocos na ficha de inscrição e público que de fato comparece ao desfile.

"Não dá para o bloco da Preta Gil colocar uma previsão de 30 mil pessoas, se no dia do desfile vão 200 mil. Só no Twitter ela fala para 400 mil pessoas!", criticou Antônio Pedro.

 

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