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Novo protesto contra tarifa de ônibus em SP é marcado para hoje
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AFONSO BENITES
PATRÍCIA GOMES
DE SÃO PAULO
O motorista que passar no fim da tarde pela av. Paulista deve prestar atenção. Hoje é a décima quinta-feira seguida que São Paulo será palco de protestos contra o aumento da tarifa do ônibus, que subiu em janeiro de R$ 2,70 para R$ 3. Dessa vez, a manifestação será nesta região --e na hora do rush.
Protesto contra aumento do ônibus termina em confronto em SP
Protesto contra tarifa fecha terminal de ônibus em SP
Manifestantes fazem batucada contra aumento do ônibus em SP
A série de manifestações tem sido organizada por estudantes, sindicalistas e militantes partidários desde janeiro, quando a passagem passou de R$ 2,70 para R$ 3.
Os atos, segundo os organizadores, reuniram de 400 a 4.000 manifestantes, a depender da quinta-feira.
"Escolhemos as quintas-feiras porque temos a semana inteira para nos mobilizar. Às sextas é pior, porque muita gente já está pensando no fim de semana", diz Marco Magri, 24, sociólogo.
Hoje, os manifestantes marcaram a concentração na praça Oswaldo Cruz, às 17h, na região da avenida Paulista, e sair às ruas às 18h30. A intenção é seguir pela av. Paulista, descer a rua Brigadeiro Luís Antônio até a Sé e finalizar o ato na frente da prefeitura.
Danilo Verpa/Folhapress | ||
Manifestação contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo, que acabou em confronto no metrô dia 17 |
"Esperamos que não tenha confusão desta vez", diz Magri, em referência aos conflitos ocorridos entre manifestantes e policiais militares em ao menos três ocasiões.
Na quinta-feira passada (17), os manifestantes interromperam o fluxo de automóveis no viaduto do Chá, na avenida Nove de Julho e no terminal Bandeira (na região central). Depois, parte deles tentou pular a catraca da estação de metrô Anhangabaú.
Lá, houve quebra-quebra e troca de agressões com seguranças do Metrô e PMs.
A PM diz que só atuará para restabelecer a ordem. "Somos até tolerantes com alguns fechamentos de ruas e queremos garantir o direito das pessoas se manifestar", disse o comandante da PM, coronel Álvaro Camilo.
Sobre reaver o reajuste da passagem, o prefeito Gilberto Kassab, diz que a prefeitura está aberta a negociação, no entanto, quando questionado, não responde se receberá os manifestantes.
"Espero que as manifestações sejam feitas em um clima de democracia, em respeito a ordem e à população", limitou-se a dizer.
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