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04/04/2011 - 14h59

Governo apura explosão em bueiro da Light em Copacabana

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DA AGÊNCIA BRASIL
DE SÃO PAULO

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) informou nesta segunda-feira que iniciou um processo de fiscalização sigiloso para apurar as causas da explosão em uma câmara subterrânea da Light em Copacabana (zona sul do Rio), na última sexta-feira (1º). Cinco pessoas ficaram feridas.

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Por meio de nota, a agência reguladora não deu detalhes de fiscalização para não "prejudicar o andamento dos trabalhos", mas disse que também verificará se a Light, concessionária de energia responsável pela manutenção das câmaras, cumpre o plano de modernização, firmado em 2010, para evitar esse tipo de acidente.
Em caso de descumprimento, a empresa poderá ser punida.

A explosão da última sexta deixou cinco pessoas feridas e atingiu dois táxis --um deles ficou totalmente destruído. A tampa dos poços de inspeção foi arremessada a uma altura de 4 metros, abrindo uma cratera na pista.

A Aneel afirmou que acompanha o problema desde as primeiras explosões, em novembro de 2009, e acrescenta que só comentará "possíveis medida judiciais" quando for notificada oficialmente. Isso porque a Procuradoria-Geral do Município do Rio de Janeiro estuda uma medida judicial para apurar as explosões e cobrar da concessionária medidas para solucionar o problema.

Celso Pupo/Fotoarena/Folhapress
Explosão de bueiro atingiu táxi e cinco quatro pessoas feridas na avenida Nossa Senhora de Copacabana, no Rio
Explosão de bueiro atingiu táxi e deixou cinco pessoas feridas na avenida Nossa Senhora de Copacabana, no Rio

Explosões em câmaras subterrâneas no Rio têm se tornado um problema recorrente. No ano passado, um casal de turistas americanos foi atingido. Eles foram arremessados por uma distância de 8 metros. A mulher teve 80% do corpo queimado e homem, 35%.

A prefeitura da cidade também pretende contratar uma auditoria para avaliar as causas das explosões em Copacabana e o plano de manutenção de câmaras subterrâneas da Light. Com o último acidente, o programa deve ser acelerado.

NOVAS EXPLOSÕES

O presidente da Light, Jerson Kelman, admitiu durante entrevista no último sábado (2) que novas explosões em bueiros podem acontecer no Rio. O risco é maior em 130 bueiros que ainda não passaram por inspeção e estão localizados em áreas críticas --com mais movimento de pedestres e trânsito. Esses locais, porém, não foram divulgados pela empresa.

Kelman afirmou que o acidente de sexta foi provocado pela explosão de um dos dois transformadores da câmara subterrânea da empresa.

"Como nós não terminamos o programa de recuperação de todas as instalações subterrâneas, seria leviano da minha parte dar uma informação de que não pode acontecer [novas explosões]. Pode acontecer, mas estamos fazendo todo o possível para minimizar esse risco", afirmou Kelman.

Ele afirmou que há 4.000 câmaras subterrâneas no centro e na zona sul do Rio, sendo que 2.000 estão com problemas e precisam de troca nos equipamentos. A câmara que explodiu sexta era uma das que estavam sem manutenção e, segundo a Light, teve os antigos transformadores --de 38 anos -- trocados por novos apenas após o acidente.

Light/Reprodução
Ilustração mostra o posicionamento do transformador que explodiu em uma das câmaras subterrâneas da Light
Ilustração mostra o posicionamento do transformador que explodiu em uma das câmaras subterrâneas da Light
 

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