Sindicato dos professores programa manifestação após ataque no Rio

O Sepe (Sindicato Estadual dos Professores de Educação do Rio) pretende fazer uma manifestação amanhã, às 10h, em frente à Câmara de Vereadores no Centro do Rio. O protesto é uma maneira de chamar a atenção para a situação dos educadores na rede municipal do Rio. O sindicato quer ainda entrar na Justiça contra a prefeitura e o Estado pela tragédia na escola Tasso da Silveira.

Veja galeria de fotos da escola
Paes visita escola invadida por atirador
Rapaz que atirou contra alunos no Rio deixou carta, diz PM
Atirador usou 2 revólveres contra alunos no Rio, diz polícia
Veja os maiores ataques em escolas pelo mundo
Envie imagem ou relato sobre tiroteio

Os professores do sindicato avaliam que a prefeitura deve ser criminalizada como responsável pela rede de ensino e o Estado, pela segurança pública.

"As escolas estão abandonadas. Existem ao menos 16 cargos que, na prática, estão extintos como inspetores, pessoal de portaria, orientadores educacionais. Só tem pessoal na sala de aula, as escolas estão expostas à violência. Não tem pessoal nem para olhar o banheiro", disse Luciana Mello, diretora do Sepe.

Mello afirma que a paralisação prevista para amanhã é uma maneira de chamar a atenção das autoridades para o marco que o episódio desta quinta-feira representa para os professores no Rio. "Hoje o que menos acontece na escola é o aprendizado. Já chorei muito aqui hoje. O mínimo que se espera numa situação como essa é que as pessoas fiquem indignadas", disse Mello, que trabalha há 11 anos como professora.

	Editoria de Arte/Folhapress

De acordo com o Sepe as denúncias feitas até agora ao Ministério Público e à Câmara dos Vereadores "caíram no vazio". Entre os problemas já relatados constam agressões a professores, brigas de alunos, balas perdidas resultantes de operações policiais ou confrontos de quadrilhas de traficantes. Estas ocorrências já resultaram em ferimento e morte de alunos.