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Região de Ribeirão Preto (SP) tem 7 áreas públicas contaminadas
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JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO
Sete terrenos públicos, a maioria lixões antigos e aterros sanitários em atividade, estão entre as áreas contaminadas na região de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).
O levantamento atualizado foi divulgado pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), com base nos dados de 2010.
Nas dez maiores cidades da região, aumentou 28,6% o número de áreas que poluíram o solo ou a água. São locais públicos, indústrias e postos de combustíveis.
Entre as áreas públicas contaminadas, há três de São Carlos (232 km de SP). Uma delas é o lixão da fazenda Santa Madalena, fechado em 1995, que está próximo do ponto de captação de água do ribeirão do Feijão, que abastece a cidade.
Há também um depósito de entulhos, encerrado em 2005, e o aterro sanitário da fazenda Guaporé, que ainda está em funcionamento.
Também estão listados como locais contaminados o antigo aterro das Maritacas, em Franca (400 km de SP), a sede do Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgotos) de Araraquara (273 km de SP) e áreas públicas de Dobrada e de Bebedouro.
Silva Junior/Folhapress | ||
Antigo aterro na voçoroca das maritacas, em Franca, um dos que estão na lista de áreas contaminadas na região |
Segundo o presidente da Cetesb, Otávio Okano, há locais em processo de descontaminação, mas que não estão totalmente reabilitados. "Quando esses locais forem completamente remediados, saem da lista", afirmou.
A maior dificuldade para despoluir lixões de 20 anos atrás é o custo, diz Okano. "Se há chorume, ele atinge o lençol freático. E esse tratamento é muito caro."
As prefeituras de São Carlos e de Franca dizem que as áreas poluídas são antigas e que estão fazendo estudos e melhorias para recuperar o terreno.
POSTOS
Pelo levantamento, o número de locais contaminados ou sob investigação cresceu na região se comparado a 2009. Nas dez cidades mais populosas, as áreas poluidoras passaram de 84 em 2009 para 108 no ano passado, uma alta de 28,6%.
Porém, o número de locais que estão em monitoramento sendo recuperados ou que já foram totalmente reabilitados ainda se mostra tímido. Entre as áreas particulares, os postos de combustíveis lideram, com folga, a lista de áreas contaminadas.
Em Ribeirão, por exemplo, os postos de combustíveis são responsáveis por 19 das 20 áreas poluidoras.
Presidente regional do Sincopetro (entidade que representa os postos), Oswaldo Manaia diz que os postos ficaram mais visados pela Cetesb do que outras empresas que podem ser poluidoras.
"Os postos foram intimados a se regularizar. Outros órgãos não são tão fiscalizados quantos os postos", disse.
Entre os locais privados, está na lista a Electrolux, em São Carlos. Em Araraquara, estão enquadradas áreas da Cutrale, de Furnas e da rede ferroviária federal.
OUTRO LADO
As três áreas públicas de São Carlos contaminadas passam por monitoramento, diz Paulo Mancini, da Coordenadoria do Meio Ambiente.
O lixão da fazenda Santa Madalena, a entulheira e o aterro do Guaporé tiveram uma investigação detalhada e estão sendo monitorados.
O aterro do Guaporé deve funcionar até 2012. Está em curso um projeto para a construção de um novo aterro.
Em Franca, o secretário de Serviços e Meio Ambiente, Ismar Rodrigues Tavares, afirmou que o aterro das Maritacas, fechado há dez anos, foi drenado, cercado e está sendo descontaminado.
Em nota, a Cutrale diz que mantém suas unidades "atuando conforme os procedimentos estabelecidos pelo órgão ambiental", e que um poço listado está desativado e que o outro foi substituído por tanque de combustível aéreo.
A Electrolux diz apenas que está em "total conformidade com as exigências da Cetesb", segundo nota.
A assessoria de Furnas diz que está recorrendo da multa aplicada, de R$ 17 mil. Diz ainda que houve uma denúncia em 2003 por contaminação por óleo usado em transformadores, mas que a contaminação foi pontual e não atingiu o lençol freático.
Procurada, a assessoria do Daae de Araraquara disse que só hoje poderia se manifestar.
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