Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
11/04/2011 - 13h12

Psicólogo forense deve fazer perfil de atirador em até 30 dias

Publicidade

DIANA BRITO
DO RIO

Um psicólogo forense do IML (Instituto Médico Legal) vai traçar o perfil psicológico de Wellington Menezes de Oliveira, 23, que fez um ataque à escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio, na semana passada.

Polícia deve ouvir instrutor de tiros procurado por atirador
Dez continuam internados após ataque; um em estado grave
Em anotações, atirador culpa pessoas que o "humilharam"
Só bullying não é capaz de explicar massacre no Rio
Leia carta deixada pelo atirador
Veja galeria de fotos da escola
Leia cobertura sobre o massacre em Realengo

Segundo a polícia, o perfil deve ser feito em até 30 dias, quando também deve ser concluído o inquérito do caso. Nesta segunda-feira, dez vítimas do atirador permanecem internadas, sendo uma delas em estado grave.

Em anotações encontradas pela polícia em sua casa, Wellington pôs a culpa pelo massacre em pessoas que o teriam humilharam na escola na adolescência. Os manuscritos foram exibidos ontem à noite no "Fantástico", da Rede Globo.

"Muitas vezes, aconteceu comigo de ser agredido por um grupo e todos os que estavam por perto debochavam, se divertiam com as humilhações que eu sofria sem se importar com meus sentimentos", escreveu ele.

Ricardo Moraes/Reuters
Pessoas prestaram homenagem neste domingo em Copacabana às vítimas do massacre em uma escola municipal
Pessoas prestaram homenagem neste domingo em Copacabana às vítimas do massacre em uma escola municipal

TIROS

A tragédia ocorreu por volta das 8h30 de quinta-feira (7), após Wellington entrar na escola onde cursou o ensino fundamental e dizer que buscaria seu histórico escolar. Depois, disse que daria uma palestra e, já em uma sala de aula, começou a atirar nos alunos.

Relatos de sobreviventes afirmam que ele mirava na direção nas meninas. Uma das alunas contou aos policiais que, ao ouvir apelos para não atirar, Oliveira mirava na direção delas, tendo como alvo a cabeça.

Os policiais informaram ainda que, pelas análises preliminares, há indicações de que Oliveira treinou para executar o crime.

Durante o tiroteio, um garoto, ferido, conseguiu escapar e avisar a Polícia Militar. O policial Márcio Alexandre Alves relatou que Oliveira chegou a apontar a arma para ele quando estava na escada que dá acesso ao terceiro andar do prédio, onde alunos estavam escondidos. O policial disse ter atirado no criminoso e pedido que ele largasse a arma. Em seguida, Oliveira se matou com um tiro na cabeça.

A motivação do crime será investigada. De acordo com a polícia, o atirador usou dois revólveres e tinha muita munição. Além de colete a prova de balas, usava cinturão com armamento. Em carta (leia íntegra aqui), o criminoso fala em "perdão de Deus" e diz que quer ser enterrado ao lado de sua mãe.

Arte/Folha

ARMA

Na última sexta-feira, a polícia prendeu o chaveiro Charleston Souza de Lucena, 38, e o segurança desempregado Izaías de Souza, 48, acusados de vender um revólver calibre 32 que Wellington usou no ataque.

No fim de semana, eles foram transferidos ao presídio Ary Franco, em Água Santa, na zona norte do Rio. Em depoimento, eles confessaram terem intermediado a venda da arma para Wellington.

Lucena, que tem um quiosque nas proximidades da casa de Wellington, em Sepetiba (zona oeste), disse que o atirador lhe perguntou se conhecia alguém que pudesse lhe fornecer uma arma para se proteger, já que morava sozinho.

A polícia ainda não sabe como o atirador obteve o outro revólver, de calibre 38, também usado no crime.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página