Publicidade
Publicidade
Minc embarga obras e ameaça licenciamento de CSA no Rio
Publicidade
LUIZA SOUTO
DO RIO
O secretário do Meio Ambiente do Estado do Rio, Carlos Minc, anunciou nesta terça-feira (10) que pode cancelar o processo de licenciamento da CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico), localizada em Santa Cruz (zona oeste do Rio).
A CSA começou a operar em junho de 2010 e custou 5,6 bilhões de euros. Segundo Minc, uma auditoria realizada na empresa apontou diversas irregularidades.
A mais grave, de acordo com o secretário, é a falta de cobertura do poço de emergência, que serviria como um exaustor para impedir que uma grande quantidade de fuligem polua o meio ambiente. Ele também criticou a ausência de uma lingoteria, para onde vai o gusa, que é uma liga de ferro e carbono. Sem ela, segundo Minc, há mais chances de se poluir o meio ambiente.
"Eles têm um mês para começar as obras para cobrir o poço de emergência, se não paralisamos todo o processo de licenciamento ambiental", afirmou Minc, explicando que a medida reduziria em 85% a emissão da fuligem chamada "chuva de prata".
"Também estou determinando que a obra para a terceira bateria da coqueria seja interrompida. Como vamos permitir aumento de produção sendo que alguns problemas estratégicos não estão resolvidos?". A coqueria prepara as matérias-primas para a produção do aço.
O diretor de sustentabilidade da CSA, Luiz Claudio Castro, disse ter recebido a notícia com surpresa.
"Nós ficamos muito satisfeitos com o resultado da auditoria, que não mostrou nenhum ponto crítico. A planta está dentro do que se espera. O documento mostrou 25 não conformidades, sendo que já resolvemos cerca de 60% delas", disse Castro à Folha.
Castro lembrou que a CSA é o primeiro grande complexo industrial do Brasil no período pós-democracia. Antes dela veio a Açominas, em 1986.
"Estamos pagando um pouco pelo pioneirismo, mas estamos aprendendo, assim como os órgãos ambientais", disse.
Castro pretende se encontrar nesta quarta-feira com Minc para discutir todos os pontos.
"O Inea [Instituto Estadual do Ambiente] sabe que as obras atrasaram porque estamos sendo rigorosos. O poço de emergência seria inicialmente ligado a um filtro antigo, mas decidimos investir mais e fazer algo novo e mais seguro", explicou.
Castro disse ainda que a lingotadeira não é um equipamento necessário.
"Não existe obrigatoriedade de tê-la se tivermos o poço de emergência devidamente solucionado. Acho que existe certo desconhecimento e a gente entende que isso seja natural".
Segundo Castro, o maior prejuízo que a CSA terá caso o processo de licenciamento seja suspenso será a perda dos funcionários.
"Quatro mil empregos seria o nosso grande prejuízo, mas isso defenderemos a todo custo".
+ Canais
+ Notícias em Cotidiano
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice