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Após tumulto, senadora entra com representação contra Bolsonaro
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NÁDIA GUERLENDA CABRAL
DE BRASÍLIA
Após a troca de insultos com Jair Bolsonaro, na tarde desta quinta-feira, a senadora Marinor Brito entrou com representação contra o deputado na Procuradoria do Senado Federal.
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O tumulto aconteceu depois que a Comissão de Direitos Humanos do Senado suspendeu a votação do projeto que criminaliza a homofobia no país. Os parlamentares trocaram insultos e foram controlados por colegas.
A representação, que pede o encaminhamento à corregedoria da Câmara para a instauração de processo disciplinar, diz que Bolsonaro cometeu ato atentatório ao decoro parlamentar.
O texto cita trechos de uma matéria da "TV Globo" para afirmar que a atitude do deputado foi desrespeitosa e que a senadora "se sentiu ofendida em sua feminilidade".
No vídeo, Bolsonaro diz que a senadora "não pode ver um heterossexual na frente dela que alopra. (...) Ela deu azar duas vezes: uma que sou casado e outra que ela não me interessa."
O texto da representação afirma ainda que Bolsonaro não deve ser protegido pela imunidade parlamentar porque as afirmações não se referiam ao exercício do mandato.
De acordo com o gabinete de Marinor Brito, o PSOL entrará com outra representação na terça-feira -- na corregedoria da Câmara -- e a senadora pretende ajuizar pessoalmente uma ação penal contra o deputado por injúria, além de um pedido por danos morais.
Márcia Kalume/Agência Senado | ||
Senadora Marinor Brito e deputado Jair Bolsonaro discutem durante reunião na Comissão de Direitos Humanos |
COMO FOI A BRIGA
O tumulto teve início ao final da sessão, quando Bolsonaro, com folhetos "anti-gays", se postou atrás da senadora Marta Suplicy (PT-SP), relatora do projeto, que concedia entrevista a emissoras de rádio e TV.
O deputado estava com folhetos "anti-gays" nas mãos, ao lado de outros parlamentares.
Irritada, Marinor reagiu tentando tirar o grupo do local. A senadora chegou a bater com as mãos em um dos panfletos que estava com Bolsonaro. "Homofóbico, criminoso, está usando dinheiro público para fazer cartilha", gritou Marinor.
O deputado reagiu ao afirmar que a senadora deveria provar suas acusações. "Olha a intolerância, denuncie então senadora."
O tumulto acabou controlado por outros deputados e senadores que estavam no local.
Marinor disse que vai analisar as "medidas cabíveis" que serão tomadas contra Bolsonaro. "Eu fui pedir para eles pararem, os xingamentos aumentaram. Eles se colocaram de forma desrespeitosa atrás da senadora. Estavam ali com o firme propósito de agredir."
Além de Bolsonaro, diversos deputados contrários ao projeto que criminaliza a homofobia acompanharam a sessão da Comissão de Direitos Humanos --a maioria integrantes da bancada evangélica.
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