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Campinas (SP) exonera dois secretários suspeitos de fraude
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DA AGÊNCIA BRASIL
DE SÃO PAULO
A Prefeitura de Campinas (93 km de SP) exonerou hoje dois secretários municipais suspeitos de integrar um grupo que fraudava contratos públicos. As exonerações do secretário de Segurança Pública, Carlos Henrique Pinto, e do coordenador de Comunicação, Francisco de Lagos Viana Chagas, foram publicadas no "Diário Oficial" do município desta terça-feira.
Câmara aprova abertura de processo de impeachment
Vice-prefeito de Campinas pede afastamento da Ceasa
Após prisões, base aliada defende prefeito de Campinas
Os dois e o vice-prefeito, Demétrio Vilagra, estavam na lista de 20 pessoas que tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça na sexta-feira (20). Os dois secretários exonerados e o vice-prefeito estão foragidos
Segundo o Ministério Público, as 20 pessoas são suspeitas de integrar um esquema de fraudes em concorrência e contratação de serviços pela Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento), empresa controlada pela Prefeitura de Campinas. Ao todo, 11 pessoas estão presas temporariamente.
Ontem (23), o vice-prefeito, Demétrio Vilagra, deixou a presidência da Ceasa (Central de Abastecimento de Campinas). Mas não pediu afastamento do cargo que ocupa na prefeitura.
Na noite de ontem, o plenário da Câmara Municipal de Campinas aprovou, por unanimidade, a instalação de uma Comissão Processante para apurar denúncias de fraudes em licitações e superfaturamento de preços em contratos da Sanasa.
Hoje os promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público de São Paulo continuam interrogando as pessoas detidas na operação.
Eles ouviram ontem quatro dos 11 suspeitos detidos. Já prestaram depoimento João Tomaz Pereira Júnior, João Carlos Gutierrez, Gregório Wanderlei Cerveira e Valdir Carlos Boscato. O prazo das prisões temporárias dos suspeitos vence às 23h59 desta terça-feira, mas poderá ser renovado por mais cinco dias.
IMPEACHMENT
Ontem, os 33 vereadores de Campinas aprovaram a abertura de uma comissão processante para avaliar o pedido de impeachment do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), o Dr. Hélio.
A contar do momento em que o prefeito for notificado, a comissão terá 90 dias para apresentar um relatório, que irá a votação. Nesse período, o prefeito será chamado para apresentar sua defesa.
Para que o prefeito seja cassado, são necessários dois terços dos votos.
A primeira-dama e chefe de gabinete Rosely Nassim Santos, que também é investigada, conseguiu um habeas corpus preventivo que impede que ela seja presa.
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