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15/06/2011 - 15h49

Polícia do Rio começa a procurar ex-jogador Edmundo

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FÁBIO GRELLET
DO RIO

O ex-jogador Edmundo, cuja prisão foi decretada ontem pela Justiça do Rio, ainda não foi encontrado pela polícia, mas não é considerado foragido porque nem todos os endereços oficiais dele foram pesquisados.

Veja imagens do acidente
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Segundo o Tribunal de Justiça, a ordem de prisão já foi comunicada à Polícia Civil, que agora tem a incumbência de procurar o ex-jogador em seus endereços conhecidos. O primeiro a ser visitado fica em São Conrado, na zona sul do Rio. Caso ele não seja encontrado em nenhum desses, será declarado foragido.

O advogado Arthur Lavigne, que representa Edmundo, afirmou ontem que ingressaria com pedido de habeas corpus hoje, mas até agora não apresentou esse recurso ao Tribunal de Justiça do Rio. Lavigne afirmou que, se o habeas corpus for negado, Edmundo vai se apresentar à Justiça.

Edmundo foi condenado em março de 1999 a quatro anos e seis meses de prisão, em regime semiaberto, pela morte de três pessoas e lesões corporais também culposas em outras três, vítimas do acidente ocorrido na Lagoa, zona sul do Rio, na madrugada do dia 2 de dezembro de 1995.

Patricia Santos - 2.dez.95/Folhapress
Cherokee do jogador ex-jogador Edmundo, após colidir com outro veículo na Lagoa Rodrigo de Freitas em 1995
Cherokee do jogador ex-jogador Edmundo, após colidir com outro veículo na Lagoa Rodrigo de Freitas em 1995

No acidente morreram Joana Maria Martins Couto, Carlos Frederico Britis Tinoco e Alessandra Cristini Pericier Perrota. Ficaram feridas Roberta Rodrigues de Barros Campos, Débora Ferreira da Silva e Natascha Marinho Ketzer.

A sentença que condenou o ex-jogador foi proferida pela 17ª Vara Criminal da Capital. Ele recorreu, mas a 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio manteve a decisão no dia 5 de outubro de 1999.

O juiz rejeitou a alegação de prescrição e afirmou que "ainda não ocorreu o lapso temporal exigido pela lei", segundo o Tribunal de Justiça.

De acordo com Lavigne, há uma manifestação do Ministério Público, de 10 de maio de 2010, reconhecendo a prescrição do processo.

Procurado pela reportagem, o advogado não atendeu ao telefone hoje.

ACIDENTE

Na tragédia, Edmundo dirigia uma Cherokee e havia acabado de sair da boate Sweet Love com as amigas Roberta, Débora, Markson Gil Pontes e Joana, que morreu no hospital. O carro de Edmundo bateu em um Uno, na Lagoa.

O Uno era dirigido por Carlos Frederico Brites Pontes, que morreu no local do acidente. Ele estava acompanhado da namorada Alessandra, que morreu no hospital, e de Natasha.

O laudo policial sobre o acidente concluiu que a alta velocidade em que o jogador conduzia seu carro foi determinante para a batida. Ele foi acusado (denúncia formal) de triplo homicídio culposo, em 1996.

Em sua defesa, no depoimento para o Ministério Público, Edmundo disse que foi fechado pelo motorista do Uno, mas não convenceu a Justiça.

No dia 5 de março, Edmundo foi condenado. Os advogados do jogador entraram com um recurso e conseguiram a liberdade provisória.

Em outubro, o Tribunal de Justiça confirmou a sentença e determinou a imediata detenção do jogador. Depois de ficar foragido por 24 horas, Edmundo se entregou e chegou a passar uma noite detido na Polinter (Polícia Interestadual). Foi liberado graças a uma liminar do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Em dezembro de 2000, o STJ recebeu um recurso dos advogados do esportista pedindo a diminuição da pena. Solicitaram ainda a suspensão condicional da pena e, em caso de negativa, sua substituição por penas alternativas, como a prestação de serviços à comunidade.

Além disso, o jogador teve de fazer acordos com as famílias dos envolvidos no acidente, que entraram na Justiça com pedidos de indenização.

 

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