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27/06/2011 - 21h58

Após sumiço de menino, polícia faz perícia em carros de PMs

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LUIZA SOUTO
DO RIO

A Polícia Civil do Rio realizou nesta segunda-feira uma perícia em cinco viaturas do Batalhão de Mesquita, na Baixada Fluminense, usadas em uma operação na favela Danon, em Nova Iguaçu, na última segunda-feira. O objetivo é encontrar pistas sobre o menino Juan de Moraes, 11, desaparecido desde então.

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Juan foi visto pela última vez por volta das 20h30 de segunda. Ele voltava para casa com o irmão Weslley de Moraes, 14, quando passaram por um beco onde supostamente ocorria uma troca de tiro entre PMs e traficantes.

Weslley foi atingido no ombro e na perna esquerda e desmaiou. Segundo o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), o menino afirma que se lembra de ter visto o irmão caído, também ferido por tiros, antes de desmaiar. Ainda conforme Freixo, moradores da região que não querem se identificar dizem ter visto o menino sendo colocado dentro de um carro da PM.

Segundo o delegado Rafael Ferrão, da 56ª DP (Comendador Soares), que investiga o caso, a perícia realizada nesta segunda nos veículos encontrou vestígios de ferro, substância presente no sangue.

'O material usado na perícia não localiza sangue, mas ferro, que está presente também em outros produtos. O resultado do exame só deve sair no fim de semana', disse Ferrão.

Weslley está internado no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, Duque de Caxias, também na Baixada, sob proteção da Polícia Civil.

Uma terceira vítima, Wanderson dos Santos de Assis, 19, levou três tiros pelas costas e está internado no mesmo andar de Weslley, mas sob custódia por ser considerado suspeito de tráfico de drogas. O pai nega que ele tenha envolvimento com o crime e diz que ele é trabalhador.

Na tarde desta segunda, a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio ouviu a mãe de Juan, Rosinéia Maria de Moraes, 31, e o pai de Wanderson, José Antônio de Assis, 59. Na reunião, Rosinéia pediu ajuda para encontrar o menino.

Participaram do encontro representantes da Polícia Civil, da Defensoria Pública e do Programa de Proteção à Criança e o Adolescente Ameaçados de Morte (PPCAAM).

'A Defensoria Pública entrou no caso hoje para mudar a condição de réu do Wanderson, já que ele é vítima', disse à Folha o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ), presidente da comissão. Freixo reclama da lentidão nas investigações.

'A polícia demorou muito para entrar no caso, mas agora a civil deslocou o caso do desaparecimento do Juan para a Delegacia de Homicídios. A 56ª DP continua na investigação, acompanhada das especiais', explicou o deputado.

Ainda segundo Freixo, Weslley deve entrar no programa de apoio à criança vítima de violência, já que ele é testemunha no caso. 'Só estamos esperando ele receber alta'.

 

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