Perita afastada por erro no caso Juan presta depoimento no Rio

A perita Marilene Campos de Lima --que foi afastada do cargo após dar o resultado errado no laudo cadavérico do menino Juan Moraes, 11-- prestou depoimento durante cerca de três horas nesta terça-feira na Corregedoria Interna da Polícia Civil do Rio. O garoto foi morto há um mês em suposto tiroteio entre PMs e traficantes na favela Danon, em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense.

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Reprodução

Juan Moraes, 11, que desapareceu após operação policial

Analisando apenas a ossada encontrada no dia 30 de junho às margens de um rio na Baixada Fluminense, a perita atestou que se tratava de uma menina. Porém, no último dia 6 a Polícia Civil revelou através de exames de DNA que a ossada era mesmo de Juan.

A delegada responsável pelo caso, Ana Helena Lazareviti, disse à Folha que "ainda é prematuro falar sobre o caso". Segundo ela, o objetivo da investigação é apurar a conduta da perita em relação à necropsia da ossada do menino.

De acordo com Lazareviti, a perita compareceu à corregedoria sozinha, por volta das 11h, sem advogado. Durante depoimento, ela demonstrou desconhecer os policiais militares envolvidos no caso. O teor do relato, porém, não foi divulgado. A perita não quis falar com a imprensa.

O diretor do Departamento-Geral de Polícia Técnico Científica, Sérgio Henriques, também havia sido convocado para prestar esclarecimentos à corregedoria, mas não compareceu ao local alegando problemas de saúde.

Na quinta-feira (21), o delegado afastado --pela lentidão na investigação do caso-- Claudio Nascimento, ex-titular da 56ª DP (Comendador Soares), também terá que prestar esclarecimentos na corregedoria.