PF prende sete suspeitos de tráfico de armas e drogas no Rio

A Polícia Federal prendeu, nesta terça-feira, mais sete pessoas acusadas de formar uma quadrilha de tráfico de armas e drogas no Rio de Janeiro. Cerca de 50 policiais federais e agentes do Ministério Público estadual participaram da operação.

Ao todo, doze pessoas já foram presas, incluindo um policial militar do Bope suspeito de fornecer munições para o bando. Um suspeito está foragido.

O cabo do Bope é acusado de desvio de munição. Segundo a PF, foram apreendidos com o policial 2.400 munições de calibres .40, 762 e 556 --todas de uso restrito da forças armadas. Estima-se que o valor de venda girava em torno de R$ 27 mil.

"A munição apreendida no dia 16, em grande maioria, era originária da Polícia Militar do Rio de Janeiro", disse delegado Délcio de Luca, chefe do núcleo de operações da Delearm (Delegacia de Repressão ao Tráfico Ilícito de Armas).

Durante a operação, também foram apreendidas armas, mas ainda não há confirmação se elas também pertenciam à PM. "Não temos o rastreamento da origem do armamento. Elas podem ser fruto de espólio da ocupação dos morros [por UPPs]. Mas isso ainda não foi confirmado", afirmou de Luca.

Os mandados de prisão foram cumpridos em Itaboraí, em São Gonçalo e no Complexo do Alemão, no Rio. Ainda de acordo com a PM, um policial do Rio fornecia armas e munições a um traficante de Itaboraí --que por sua vez as repassava a um outro traficante da capital fluminense.

O Polícia Militar está preso no Bepe (Batalhão Especial Prisional) e, a partir da próxima quarta-feira, começa a cumprir a prisão preventiva, segundo a PF.