Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
28/07/2011 - 14h09

Família diz que Gol vendeu passagem para voo da Noar

Publicidade

ELIANE TRINDADE
DE SÃO PAULO

Pelo menos duas das 14 vítimas do acidente com a aeronave da Noar, no dia 13 de julho, em Recife, compraram bilhetes pelo site da Gol Linhas Aéreas.

Veja galeria de imagens do acidente
Veja em flash como aconteceu o acidente
Veja a lista de vítimas do acidente em Recife
Justiça determina que apenas PF investigue acidente aéreo
Polícia começa a ouvir diretores da Noar sobre acidente
Anac faz auditoria para investigar companhia Noar

É o caso da propagandista Débora Santos, 25, e do empresário André Freitas, 39.

"Minha filha nem sabia o que era Noar. Compramos o bilhete pela internet, no site da Gol, para ela fazer o trecho Recife/Natal pela Gol", diz a engenheira química Ângela Pontes, mãe de Débora.

Ao se dirigir ao check-in da companhia, a passageira teria sido informada de que deveria se dirigir ao guichê da Noar, segundo relato do pai, que a acompanhou ao aeroporto de Recife.

A Gol confirma que a Noar utiliza os canais da Gol para venda de passagens desde 2010, em um sistema de parceria chamado interline. Segundo a companhia, no ato da compra da passagem, o cliente é informado de que o voo será operado pela Noar.

A Gol diz que, portanto, a responsabilidade é da Noar, "tanto pela operação, como pelo seguro de passageiros e aviões, controle e documentação de voo, manutenção das aeronaves e assistência a passageiros no caso de acidente ou incidente aéreo".

Veja flash

A assessoria de imprensa da Noar afirma que todos "os 14 passageiros são da Noar, uma vez que estavam em um voo da companhia".

Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), comprar passagem em uma determinada companhia e voar em outra é uma prática internacional. É permitida desde que o passageiro, antes de efetuar a compra, esteja ciente de que voará no avião de outra companhia.

"O procedimento da companhia Gol Linhas Aéreas está regular, pois a empresa disponibiliza estas informações no ato da compra da passagem", diz a Anac.

Para os familiares, o papel da Gol no caso não está claro. "A Gol é corresponsável", diz a mãe da passageira.

O empresário Francisco Freitas Cordeiro critica o fato de a Gol não ter se manifestado logo após o acidente que vitimou seu filho André.

"A Gol ficou calada, se omitiu", diz o empresário, que é também presidente da Câmara de Diretores Lojistas de Fortaleza. "Uma vez que compramos a passagem pelo site da companhia, nosso contrato é com a Gol. Meu filho não tinha compromisso com a Noar."

OUTRO LADO

À época do acidente, a Gol se manifestou sobre o assunto por meio de nota à imprensa.

"A Gol informa que possui, desde setembro de 2010, um acordo comercial com a Noar Linhas Aéreas, por meio do qual a empresa regional utiliza os canais da Gol para venda de passagens em seus voos, facilitando as conexões de clientes. A Gol se solidariza com os familiares das vítimas do acidente com o voo 4896 da companhia parceira e destaca que já se prontificou a prestar ajuda humanitária à Noar."

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página