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Jornal diz que órgão omitiu informações em relatório do voo 447
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DA EFE
DE SÃO PAULO
O jornal francês "Les Echos" divulgou nesta terça-feira (2) um relatório confidencial sobre a investigação do acidente com o voo 447 da Air France que questiona o papel do alarme de estol --perda de sustentação-- na tragédia. O voo Rio-Paris caiu no Atlântico em 2009, matando os 228 ocupantes.
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De acordo com o jornal, o relatório foi feito no dia 25 de julho, quatro dias antes da divulgação da terceira análise sobre a tragédia pelo BEA --órgão do governo francês encarregado das investigações--, que apontou erros dos pilotos por falta de treinamento.
Segundo o "Les Echos", esse relatório teve suprimida uma parte que trazia uma explicação sobre o comportamento do alarme de estol, que foi acionado diversas vezes nos últimos minutos do voo e indicava a queda livre do Airbus A330.
O jornal diz ainda que, na versão divulgada pelo BEA, foi retirada uma recomendação às autoridades sobre o alarme, que constava no relatório confidencial. O BEA emitiu dez recomendações de segurança a partir das novas conclusões sobre o acidente.
Dados registrados pelas caixas-pretas do Airbus mostram que o alarme de estol foi acionado e desativado diversas vezes, mesmo com a aeronave se mantendo em queda. Ontem, o BEA confirmou ter retirado do relatório divulgado as referências ao alarme, alegando que as investigações sobre esse ponto ainda não foram finalizadas.
Na sexta-feira, os investigadores disseram que as conclusões obtidas até o momento são provisórias, e que um grupo de trabalho foi criado para determinar de que forma o comportamento do alarme influenciou a atitude dos pilotos.
"Por que não deram atenção a esse alarme? Isso é o que precisamos determinar a partir de agora", afirmou na ocasião o diretor do BEA, Jean-Paul Troadec.
A falta de referência ao alarme no relatório foi criticada pelo sindicato de pilotos da Air France, que considerou que "suas múltiplas ativações e interrupções intempestivas, em contradição com o estado do avião, contribuíram para dificultar à tripulação a análise da situação".
Ao saber da reportagem do "Les Echos", o SNPL (sindicato majoritário de pilotos da França) anunciou em comunicado que suspenderá sua colaboração com a investigação e que sua confiança no BEA está "seriamente abalada".
O presidente da associação francesa de familiares de vítimas, Robert Soulas, considerou a investigação "desacreditada".
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