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10/08/2011 - 12h12

Ciclistas pagam até R$ 2.000 por bicicleta "sequestrada" em SP

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GABRIELA YAMADA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE RIBEIRÃO PRETO

Quadrilhas especializadas em roubo de bicicletas de alto padrão estão sendo investigadas em pelo menos cinco cidades do Estado.

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Em alguns casos, os bandidos cobram até R$ 2.000 para devolver as bicicletas. Em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), por conta da onda de assaltos, ciclistas chegam a pagar por escolta em treinos.

A SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública) não possui dados específicos sobre esses casos, mas ciclistas apontam que a onda de assaltos se agravou neste ano. A polícia investiga, porém, os casos em Sertãozinho, São Carlos, Campinas e na capital --além de Ribeirão Preto.

Na maioria das vezes, os ladrões andam em bandos, armados e levam só as bicicletas, que podem chegar a valer R$ 14 mil. Em um dos assaltos, no sábado passado, um empresário ficou ferido.

Segundo o delegado Fernando Gonçalves de Oliveira, de Ribeirão Preto, quando os bandidos não recebem o resgate, as peças das bicicletas são comercializadas ilegalmente para outros ciclistas. A Folha apurou que uma hipótese da polícia é a existência de venda pela internet.

Edson Silva/Folhapress
O empresário Lucas Cardoso Carluccio, que teve sua loja de bicicletas roubada em julho; assaltos cresceram no interior
O empresário Lucas Cardoso Carluccio, que teve sua loja de bicicletas roubada; roubos cresceram em SP

MUDANÇA DE HÁBITO

O representante de vendas Ricardo Ortiz, 40, foi assaltado em Sertãozinho, enquanto acompanhava uma corrida. Os bandidos levaram sua bicicleta de R$ 14 mil, mas um seguro o ressarciu do prejuízo. O susto, no entanto, fez com que ele desistisse de outras corridas.

Para Denis Rodrigues, 32, que faz parte de um grupo de ciclistas de Campinas, pelo menos três deles são vítimas da ação dos bandidos na cidade por mês. Ele mesmo conseguiu escapar de duas tentativas de roubo.

Uma comerciante de 29 anos, que não quis se identificar, porém, não teve a mesma sorte. Ela acabou descobrindo que a sua bicicleta estava no distrito de Barão Geraldo. Lá, pagou R$ 2.000 pelo resgate.

Em Ribeirão, um vendedor de 39 anos, que também não quer sua identidade revelada, contou que o resgate para sua bicicleta, avaliada em R$ 4.000, lhe custou R$ 900.

Como Ortiz, ele também mudou o hábito. "Agora levo a bicicleta no carro quando vou pedalar com o grupo."

Por isso, grupos da cidade contratam policiais militares de folga para escolta.

Em São Carlos, ciclistas reclamam de furtos de bicicletas dentro do campus da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos).

A estudante Andreia Pires de Carvalho, 23, que trabalha na Associação São-Carlense de Ciclismo, guarda sua bicicleta dentro da sala de aula.

"Depois que vi estranhos rondando as bicicletas, decidi não deixar mais no estacionamento", disse.

A UFSCar informou que possui uma comissão de segurança no campus.

 

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