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10/08/2011 - 20h51

Delegado que agrediu cadeirante em SP é transferido de delegacia

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RODRIGO VIZEU
DE SÃO PAULO

O delegado da Polícia Civil Damasio Marino, que responde a processo na Justiça por agredir um cadeirante em São José dos Campos (91 km de São Paulo), foi transferido para uma delegacia de Presidente Venceslau (611 km de SP), no oeste paulista.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado informou que foi Marino que pediu a transferência. No novo local, o delegado "está trabalhando em sua função", disse o órgão, que não soube detalhar quando ocorreu a mudança, suas razões ou se ele cumpre funções burocráticas na delegacia, como fazia em São José dos Campos desde o episódio da agressão.

A reportagem não conseguiu localizar Marino ou seu advogado nesta quarta-feira.

A agressão ocorreu em janeiro, após o delegado estacionar seu carro em uma vaga para pessoas com deficiência, levando o advogado cadeirante Anatole Morandini a tirar satisfações com ele. Um exame mostrou lesão por objeto contundente na cabeça do cadeirante.

Marino é réu em processo no qual é acusado por injúria, ameaça e lesão corporal dolosa. Após alegações da Promotoria e da defesa, o caso já está com o juiz Carlos Gutemberg de Santis Cunha, da 4ª Vara Criminal de São José dos Campos, para decisão.

O delegado também responde, na corregedoria da polícia, a um processo administrativo que já está em fase final, disse a Secretaria de Segurança Pública.

Em depoimento prestado no fim de junho, Marino negou ter dado coronhadas em Morandini, como afirma a vítima. "Não existem coronhadas, foi o anel dele. Só se justificaria lesão causada pelo Damasio em função do anel de bacharel que ele usa", disse na época o advogado do réu, Luiz Antônio Lourenço da Silva.

O defensor disse que, no depoimento, o delegado reafirmou à Justiça sua posição de que só deu "dois tapas" na cara de Morandini em reação à uma cusparada. "Ele não se conteve. Como cidadão comum e nunca como delegado, deu uns tapas no cara, só."

Lucas Lacaz Ruiz-20.jan.11/Folhapress
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