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Farmácia no Amapá é condenada por racismo contra funcionária
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JEAN-PHILIP STRUCK
DE SÃO PAULO
Uma rede de farmácias que atua nas regiões Norte e Nordeste foi condenada pela Justiça a pagar R$ 30 mil de indenização por danos morais a uma ex-funcionária por discriminação racial.
Segundo a vítima, em uma unidade de Macapá (AP), a escala era feita de acordo com a cor da pele.
No processo, Marianne Guimarães, que é negra, afirma que, em 2010, a gerente a escalou para trabalhar à noite porque ela "combinava com a escuridão".
A vítima relata o diálogo: "A (...), como é branquinha, ficará pela manhã. O (...), como ele já é um pouco mais clarinho, ele fica à tarde. E tu [Marianne], como já és mais pretinha, fica na escuridão, à noite, que combina contigo".
A ex-funcionária trabalhou como operadora de caixa durante nove meses na unidade, até junho deste ano.
A advogada da vítima, Cleide Rocha, diz que a gerente discriminou Marianne em outras oportunidades, na frente de colegas de trabalho, até a caixa pedir demissão.
A advogada diz que um supervisor da matriz da rede, em Belém (PA), foi informado da atitude, mas nada fez.
A farmácia onde ocorreu o episódio é da rede Extrafarma. Procurada, a empresa não ligou de volta.
No processo, o advogado da rede disse que a caixa estava insatisfeita por cumprir o turno da noite e criticou o "que se convencionou chamar de politicamente correto". Segundo o tribunal, a Extrafarma irá recorrer.
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