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26/08/2011 - 13h14

PMs suspeitos de gravar feridos agonizando são interrogados

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ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

Os dez policiais militares envolvidos no episódio no qual dois homens feridos foram filmados agonizando estão detidos provisoriamente desde a noite desta quinta-feira (25) na sede da Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo.

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Todos os PMs estão sendo interrogados pelos responsáveis pela investigação do caso e, ao fim dessa primeira fase da apuração, a Corregedoria da PM decidirá quais dos envolvidos serão presos administrativamente, segundo o major Levi Anastácio Felix.

No vídeo, é possível ouvir: "Filho da puta, você não morreu ainda? Olha pra cá! Maldito. Não morreu ainda". A câmera mostra então uma cena forte: um homem pardo, caído, espumando pela boca, com a roupa ensopada de sangue.

Segundo a polícia o caso ocorreu no dia 9 de maio de 2008, no Parque São Rafael, zona leste de São Paulo.

Os homens teriam sido feridos por um guarda civil. Acionada, a PM enviou quatro carros e dez homens para o local.

O homem que aparece espumando pela boca no vídeo é Tiago Silva de Oliveira, e era suspeito de ter roubado R$ 525, dois celulares e um talão de cheques.

Segundo a PM, ele chegou a ser socorrido ao hospital de Sapopemba, mas morreu três dias depois.

O outro homem ferido que aparece no vídeo tem 16 anos e não teve seu nome divulgado. Segundo a PM, ele está vivo e foi ouvido sobre o caso ontem. À Corregedoria da PM o rapaz, hoje com 19 anos, disse que além de ter sido gravado enquanto estava no chão, alguns dos dez PMs que estiveram no local também pisaram em seu rosto.

Ainda segundo a versão desse rapaz, os PMs levaram aproximadamente 40 minutos para socorrer ele e o outro acusado de roubo para um hospital.

*

ATENÇÃO: o vídeo a seguir contém imagens agressivas

"Filho da puta, você não morreu ainda? Olha pra cá! Maldito. Não morreu ainda", diz uma das vozes, enquanto a imagem, em close, mostra a cena forte: um homem pardo, caído, espumando pela boca. Os olhos dele estão paralisados, em choque, com as pupilas dilatadas. A roupa está ensopada de sangue.

Ao fundo, é possível ouvir uma comunicação entre carros da polícia e os nomes Copom (Central de Operações da Polícia Militar) e Rota, grupo especial da PM paulista. Há um veículo Astra, de cor azul, com as portas abertas. Veja, abaixo, as imagens relatadas.

Vídeo

 

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