Publicidade
Publicidade
Professor é detido em MG durante protesto por reajuste salarial
Publicidade
PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE
Um professor da rede pública estadual de Minas Gerais foi detido, no final da manhã desta terça-feira, em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, quando participava de mais uma das inúmeras manifestações de rua dos últimos três meses nas maiores cidades do Estado. Acusado pela Polícia Militar de desacato, ele foi liberado uma hora depois.
A manifestação era de estudantes em apoio à greve dos professores da rede pública estadual, que está próxima de completar 90 dias. A PM alega que tentou liberar o trânsito e, diante da resistência, o professor foi conduzido até a delegacia.
Nos últimos 86 dias foram muitas as manifestações públicas feitas pelos professores, especialmente em Belo Horizonte, com fechamento de ruas, avenidas e até a rodovia que dá acesso à Cidade Administrativa, sede do governo de Minas Gerais.
Na semana passada, em Contagem, professores se acorrentaram ao portão de uma escola.
Todas essas manifestações têm o intuito de cobrar do governo estadual o pagamento do piso nacional do professor, instituído por lei federal.
O governo de Minas usa como critério de pagamento a soma do vencimento básico e gratificações. Alega, então, que o valor pago para uma carga horária de 24 horas semanais excede o valor do piso nacional para 40 horas (R$ 1.187).
Na semana passada, contudo, o STF (Supremo Tribunal Federal) publicou o acórdão de uma decisão de abril, pela qual considerou constitucional a lei que instituiu o piso salarial nacional e determinou que o valor deve ser apenas o vencimento básico, sem considerar gratificações.
Assim, o valor do piso para 24 semanais deve ser de R$ 712. Os professores alegam que o vencimento básico em Minas é R$ 369.
Na próxima quarta (30) o Ministério Público Estadual vai intermediar mais uma reunião entre o sindicato dos professores e o governo estadual. Os professores continuam dispostos a manter a greve pelo pagamento do piso nacional.
O governo disse que não tem como pagar o piso determinado pelo STF porque vai infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal. Alega ainda que cabe recurso na decisão do STF.
Nem governo de Minas nem o sindicato dos professores informam quantos dos 2,3 milhões de alunos estão prejudicados. O sindicato diz que a adesão é de 50% das escolas. O governo diz ser 2% de adesão total e 19%, parcial.
+ Canais
- Acompanhe a editoria de Cotidiano no Twitter
- Acompanhe a Folha no Twitter
- Conheça a página da Folha no Facebook
+ Notícias em Cotidiano
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice