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11/10/2011 - 11h05

'Atirador de shopping' é considerado inimputável em crime na BA

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ELIANE TRINDADE
ENVIADA A SALVADOR

O ex-estudante de medicina Mateus da Costa Meira, condenado por assassinar três pessoas num cinema em São Paulo em 1999, foi considerado inimputável (que não pode ser considerado responsável pelos atos) no julgamento ocorrido nesta terça-feira em que era acusado de tentar matar seu companheiro de cela em maio de 2009, na Bahia.

Atirador do shopping Morumbi revela "frieza" em cartas a travesti
Perícia comprova a autenticidade das cartas de Mateus Meira

Juca Varella-4.nov.1999/Folhapress
Mateus da Costa Meira sendo encaminhado à delegacia após o crime; Justiça da Bahia decide que ele é inimputável
Mateus da Costa Meira sendo encaminhado à delegacia após o crime; Justiça da Bahia decide que ele é inimputável

Esse segundo julgamento ocorreu na 1º Vara do Tribunal do Júri de Salvador. A decisão atendeu aos pedidos do Ministério Público e da defesa de Meira, que afirmavam que ele não poderia responder pelos atos devido a distúrbios psicológicos.

Com a decisão, a defesa anunciou que vai pedir revisão do julgamento que o condenou em São Paulo. "Ele deverá permanecer em um hospital psiquiátrico onde poderá ter atendimento especializado de uma equipe multidisciplinar", diz o advogado Vivaldo Amaral.

Mateus está preso há 10 anos, sendo que no último ele ficou em um hospital psiquiátrico de Salvador, após a tentativa de homicídio contra Francisco Vidal Lopes, seu companheiro de cela. O crime ocorreu em maio de 2009. Meira usou uma tesoura utilizada nas atividades artesanais para agredi-lo na cabeça.

CONDENAÇÃO

Em 3 de novembro de 1999, Meira entrou na sala 5 do cinema do Morumbi Shopping e, armado com uma submetralhadora 9 mm, atirou contra as pessoas que assistiam ao filme "Clube da Luta". Três pessoas morreram e quatro ficaram feridas.

Pelo crime, ele foi condenado inicialmente a 110 anos e seis meses de prisão. Em 2007, magistrados da 4ª Câmara Criminal do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo reduziram a pena para 48 anos e nove meses. Na prática, acusado não poderá ficar na cadeia por mais de 30 anos, pena máxima permitida pela legislação brasileira.

Em fevereiro de 2009, ele foi transferido da Penitenciária 2 de Tremembé (147 km de São Paulo) para a prisão em Salvador após a Justiça acatar o pedido de seus pais, que moram na cidade.

 

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