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Ribeirão Preto

14/03/2012 - 17h55

Sindicato dos trabalhadores da indústria canavieira adota discurso patronal

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ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

Atualizado às 18h24.

O discurso para cobrar do governo federal prioridade ao álcool como fonte energética não é mais reivindicação só de usineiro.

O sindicato dos trabalhadores na indústria canavieira de Sertãozinho, na região de Ribeirão Preto (313 km de SP), anunciou nesta quarta-feira (14) que vai fazer uma cobrança semelhante.

Em documento enviado à presidente Dilma Rousseff (PT), através do deputado federal Paulo Pereira (PDT), a entidade pede medidas para a criação de "um ambiente favorável à imediata retomada dos investimentos na cadeia produtiva do setor canavieiro".

Segundo o presidente da entidade, Antonio Vitor, o objetivo é evitar que "milhares de empregos" sejam extintos, atingindo tanto trabalhadores rurais como da área industrial e de transporte.

"Não existe mais nenhuma nova usina sendo construída, ou seja, não tem novos postos de trabalho sendo criados", disse o sindicalista. "Em nome do pré-sal, estão jogando o álcool de lado", reclamou.

Na carta à presidente, o sindicato relaciona 24 usinas espalhadas por todo país que não vão moer cana neste ano, o que representa 30 mil empregos a menos, segundo Vitor.

A relação inclui empresas que já estão falidas, como a Albertina, de Sertãozinho, e a Galo Bravo, de Ribeirão, que já não moeriam nesta safra.

"Além das 24, há outras seis usinas que não devem moer, mas não divulgamos os nomes porque elas ainda estão tentando recursos e empréstimos para continuar em atividade".

A Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar) não se pronunciou sobre o assunto. "Nenhuma dessas usinas é associada à Unica, portanto nada a declarar sobre essa ação", afirmou a assessoria da entidade.

PRAZO

Segundo o sindicato, se o governo federal não se posicionar sobre o pedido em dez dias, será iniciado um movimento de mobilização de trabalhadores para deflagrar uma série de protestos.

Vitor disse que, se precisar, será repetido o movimento que, 13 anos atrás, também em nome da valorização do álcool, interditou a rodovia Anhanguera e chegou até a distribuir o produto gratuitamente.

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