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Ribeirão Preto

18/05/2012 - 07h00

Estratégia da defesa adia júri do caso Pablo em Ribeirão Preto

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JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

A ausência de um veículo como prova e críticas ao Judiciário foram os argumentos principais da defesa para conseguir adiar nesta quinta-feira (17) o julgamento de Pablo Russel Rocha, acusado de arrastar até a morte uma jovem --o caso ocorreu há 14 anos.

Novo julgamento está marcado para o dia 23 de agosto no Fórum de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).

Embora não vejam riscos de que prescreva o caso, os professores de direito penal da USP Sérgio Salomão Schecaira e Janaína Conceição Paschoal afirmam não encontrar explicações para a demora de 14 anos no julgamento.

O corpo Selma Artigas da Silva, então com 22 anos, foi arrastado por dois quilômetros pela caminhonete Pajero dirigida por Pablo. Na época, ele disse que Selma enroscou-se acidentalmente no cinto de segurança do carro.

FILA NO FÓRUM

Antes das 9h uma fila de estudantes de direito, advogados e interessados em assistir ao julgamento já se formava na porta do Fórum.

Pablo chegou pela entrada aos fundos do Fórum. As mães dele e da vítima estavam no plenário, acompanhadas de parentes.

Silva Junior/Folhapress
O advogado Sergei Cobra Arbex, que defende Pablo Russel Rocha, em entrevista em frente ao Fórum de Ribeirão
O advogado Sergei Cobra Arbex, que defende Pablo Russel Rocha, em entrevista em frente ao Fórum de Ribeirão

Mal iniciada a sessão para selecionar os sete jurados, o advogado de Pablo, Sergei Cobra Arbex, pediu a palavra e alegou não poder defender seu cliente por estar cerceado pela Justiça. O presidente do júri, juiz José Roberto Bernardi Liberal dissolveu, então, o julgamento.

"Parece um circo", desabafou ao fim o assistente da acusação Hélio Romualdo da Rocha. Em sua visão, a negativa de fazer a defesa foi uma estratégia de Arbex.

A presença da Pajero no julgamento foi um dos pedidos da defesa negados pela Justiça. "Poderia ser no estacionamento. Era só para mostrar como ocorreram os fatos", disse Arbex.

Mas o advogado centrou seu discurso de cerca de 20 minutos em críticas ao juiz da Vara do Júri, Luis Augusto Freire Teotonio, responsável pelo caso nos últimos anos e que inferiu o pedido da presença da Pajero no júri.

Segundo ele, Teotonio mandou queimar laudos técnicos e leiloar a Pajero.

A assessoria do Tribunal de Justiça, em nota, disse que, por lei, os pedidos protocolados pela defesa deveriam ter sido feitos até o fim de janeiro. A defesa diz, por outro lado, que os pedidos, feitos na última segunda-feira, estão dentro do prazo de três dias antes do júri.

Via assessoria, Teotônio disse que não responderia as acusações por entendê-las como "estratégia de defesa".

 

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