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Ribeirão Preto

27/01/2013 - 05h12

Em um ano, atropelamentos crescem 16% em Ribeirão Preto

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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Todos os dias, em média, uma pessoa é vítima de atropelamento nas ruas e avenidas de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo). É o que mostram dados da Polícia Militar obtidos pela Folha, que apontam 380 ocorrências do gênero em 2012.

O número representa um aumento de 15,9% em comparação ao ano anterior, crescimento superior ao da frota do município, de 5,71% no período e composta por 450 mil veículos, de acordo com o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).

Entre as quatro localidades mais populosas da região, Ribeirão Preto foi a única a apresentar aumento expressivo desse tipo de ocorrência de trânsito em 2012.

Segundo o especialista em trânsito e docente da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) Archimedes Azevedo Raia Junior, a frota em cidades grandes é um dos fatores que contribui para o volume de atropelamentos.

Já a gravidade dos acidentes, segundo ele, varia conforme a característica da via. "Normalmente, atropelamentos mais leves acontecem nas áreas centrais. Essas regiões têm mais pessoas e o fluxo de veículos é maior", afirmou.

Já os casos graves, que envolvem mortes, geralmente estão em grandes avenidas, onde o motorista trafega em maior velocidade, conforme o especialista.

Nas avenidas Independência e Presidente Vargas, por exemplo, o horário de pico é crítico para o pedestre.

Um estudo feito pela Transerp (empresa que gerencia o trânsito na cidade) mostra que o fluxo de veículos nas duas vias é de 3.000/hora e 2.200/hora, respectivamente.

PERIGO

Além dos atropelamentos, Ribeirão registrou 17,3 mil acidentes em 2012. Apesar de a maioria das ocorrências --13,4 mil-- não envolver vítimas, mais de 3.800 pessoas sofreram algum tipo de lesão no trânsito.

Márcia Ribeiro/Folhapress
Vítima de acidente, Staylon Norton Paulino Isaias, 24, faz fisioterapia no HC de Ribeirão Preto
Vítima de acidente, Staylon Norton Paulino Isaias, 24, faz fisioterapia no HC de Ribeirão Preto

É o caso de Staylon Norton Paulino Isaias, 24. Em junho do ano passado, ele sofreu um acidente de moto em que fraturou a bacia e o punho direito e sofreu três paradas cardíacas. Fez cirurgias e ficou cinco meses sem andar.

Estava a caminho do trabalho quando outra motocicleta o atingiu de frente.

"Perdi o movimento das mãos e tenho dificuldade de andar. O acidente foi uma imprudência dos outros que mudou minha vida completamente. Hoje eu não posso trabalhar e tenho que me acostumar com isso", disse.

Acidentes como o de Isaias são comuns na região de Ribeirão Preto. A média é de 89 diariamente nas principais localidades. Procurada pela reportagem, a Transerp não comentou o assunto.

(FERNANDA TESTA)

 

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