Ex-prefeitos contestam dívidas divulgadas em Barretos e São Carlos

Os ex-prefeitos de Barretos de São Carlos contestaram os valores das dívidas informados pelas atuais gestões das duas cidades da região de Ribeirão Preto (313 km de SP).

Emanuel Mariano de Carvalho (PTB), que governou Barretos (423 km de SP) de 2005 até o ano passado, nega que tenha deixado o município com uma dívida de R$ 446,4 milhões, como divulgou o atual prefeito Guilherme Ávila (PSDB).

Ele disse que o débito da cidade é de R$ 110 milhões, sendo R$ 87 milhões de longo prazo -- R$ 66 milhões com previdência social, R$ 14 milhões referentes a precatórios e R$ 7 milhões com a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz). Há ainda, de acordo com Carvalho, R$ 28 milhões em caixa para a conclusão de cerca de 30 obras.

Segundo o petebista, a atual gestão incluiu R$ 305 milhões, volume que é atuarial de previdência como dívida. "Mas essa não é uma dívida presente. É como se fosse uma poupança que o município precisa completar em 35 anos para ter um sistema de previdência saudável no futuro", disse Carvalho.

Em São Carlos (232 km de SP), a gestão do petista Oswaldo Barba (2009-2012) também contestou informações do atual prefeito Paulo Altomani (PSDB).

Através de sua assessoria de imprensa, o ex-secretário de Fazenda Paulo Almeida encaminhou nota informando que a dívida da cidade é de R$ 116,6 milhões e não R$ 210 milhões.

Desse total, R$ 7,1 milhões são de curto prazo e o restante é dívida de longo prazo que se arrasta ano após ano.

Ainda de acordo com ele, o governo Barba deixou R$ 73 milhões em caixa.