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Ribeirão Preto

08/04/2013 - 07h00

Temos epidemia de dengue, mas sem óbito, diz secretário de Ribeirão

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JOÃO ALBERTO PEDRINI
DE RIBEIRÃO PRETO

Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) já vive uma epidemia de dengue em 2013, mas a cidade não tem nenhuma morte provocada pela doença. A afirmação foi feita neste domingo (7) pelo secretário da Saúde, Stênio Miranda.

Procurado pela Folha após críticas à Saúde feitas por vereadores, entre eles o presidente da Câmara, Cícero Gomes da Silva (PMDB), o secretário reconheceu que o setor precisa melhorar, mas afirmou que avanços já ocorreram, como a redução no tempo de espera para consultas.

"Temos uma epidemia de dengue, sem nenhum óbito, quando você vê aí [a situação de] Minas Gerais, com 31 óbitos no Estado. Campo Grande já teve vários óbitos. Aqui na região, São José do Rio Preto e Barretos já tiveram óbitos, e não é essa a situação de Ribeirão", disse o secretário.

O último boletim divulgado pela prefeitura apontava a existência de 1.043 casos da doença em janeiro e fevereiro --dados de março ainda não foram revelados.

Mesmo assim, o número já é 284% maior em relação ao total de registros positivos de todo o ano passado, quando a cidade teve 367 casos.

De acordo com Stênio, a "situação está absolutamente sob controle".

Questionados pela Folha na última semana sobre o desempenho dos primeiros cem dias da segunda gestão da prefeita Dárcy Vera (PSD), parlamentares citaram a saúde, a falta d'água e a cassação dos mandatos de Dárcy e do vice-prefeito, Marinho Sampaio (PMDB), como os principais problemas.

"A saúde está um caos. Se morrer, morreu. É como se a pessoa fosse um tijolo, não tivesse importância nenhuma", disse o vereador Cícero à reportagem.

SOBRECARGA

O avanço no total de casos de dengue fez a prefeitura abrir contratação emergencial de médicos para cobrir 44 plantões de 12 horas nas UBDSs (Unidades Básicas Distritais de Saúde).

Os profissionais serão contratados sem concurso público para atender as demandas mais urgentes.

"Tem muita procura por [..] dengue e uma virose respiratória que tem atingido as crianças", afirmou o secretário da Saúde.

Stênio disse ainda que recebe as críticas com tranquilidade, mas que a saúde melhorou na cidade e que o sistema não é caótico.

"Conseguimos diminuir o tempo de espera para consultas, de maneira significativa, nos últimos quatro anos. Também o tempo de espera de internação, que chegava a dois, três dias, hoje é de quatro horas, em média."

Ainda conforme o secretário, na marcação de alguns exames na rede municipal o tempo de espera é menor que na rede privada.

"Não vejo que a situação esteja caótica, recuso veementemente isso, porque saúde caótica para mim são pessoas morrendo sem atendimento, que precisam de internação e não têm para onde ir. E não há nada disso em Ribeirão Preto, ao contrário."

Edson Silva - 27.fev.13/Folhapress
Agente de saúde vistoria casa no bairro Ipiranga, na zona norte de Ribeirão Preto (SP)
Agente de saúde vistoria casa no bairro Ipiranga, na zona norte de Ribeirão Preto (SP)
 

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