Prefeitura de Ribeirão Preto (SP) instala câmeras antivandalismo
A Prefeitura de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) instalou câmeras de segurança ao redor do Palácio Rio Branco, sede do governo, para inibir atos de vandalismo com o protesto marcado para às 17h desta quinta-feira (20).
A Folha flagrou o momento em que técnicos comandados pela Coderp (autarquia da prefeitura) instalavam os equipamentos, na tarde desta quinta.
Funcionários da administração municipal confirmaram que a medida é para inibir possíveis atos de depredação do patrimônio público.
Edson Silva/Folhapress | ||
Temendo atos de vandalismo, Prefeitura de Ribeirão Preto manda instalar câmeras ao redor do Palácio Rio Branco |
As ruas ao redor do Rio Branco também receberam cavaletes e faixas de segurança nas cores amarela e preta para impedir o estacionamento de veículos e possíveis atos de vandalismo. Os agentes de trânsito confirmaram o objetivo da medida.
As câmeras estão localizadas nas laterais, na frente e atrás do prédio. Uma delas foi colocada sobre um poste de iluminação. Os fios que ligam as câmeras saem de dentro do palácio.
Procurada, a prefeitura informou, por meio de sua assessoria, que a instalação das câmeras "é mais uma ação de segurança como a realizada nos postos de saúde e escolas", por meio do projeto Olhos de Águia, e que as faixas são "tão somente para evitar estacionamentos de veículos particulares nesta área".
Os protestos na cidade são realizados para pedir a redução do preço da tarifa do transporte público (atualmente em R$ 2,90). Os organizadores da manifestação, no entanto, não garantiram que outros pedidos não serão feitos.
A prefeita Dárcy Vera (PSD) deve ser um dos alvos da manifestação, após ter tido o mandato cassado em primeira instância pela Justiça por abuso de poder político. Ela recorreu da decisão. Atualmente, o caso está no TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
Na última terça-feira (18), manifestantes que se reuniram para definir o plano do protesto de hoje gritaram várias vezes "fora Dárcy!". Alguns membros da organização do protestos, dizem, porém, que o foco não é o governo municipal.
Edson Silva/Folhapress |
Devido ao protesto, choperia Pinguim fecha as portas |
CONCENTRAÇÃO
A concentração para os protestos acontece na esplanada do Theatro Pedro 2º. Na região central da cidade, desde às 16h45, ao menos dez lojas já haviam fechado as portas, inclusive a tradicional choperia Pinguim.
Mesmo em ruas como a Visconde de Inhaúma, onde não está prevista a passagem do protesto, há lojas fechadas. O protesto deve terminar no entroncamento das avenidas Nove de Julho, Independência e Presidente Vargas.
No Centro Cultural Palace, os funcionários começaram a ser dispensados às 15h. Os únicos que restaram informaram que estavam à espera da Guarda Civil Municipal, que ficará responsável pela preservação do prédio público histórico.
Ambulantes localizados na esplanada relataram à Folha que a venda de bandeiras do Brasil e de vuvuzelas (corneta de plástico usada na Copa do Mundo da África do Sul) aumentou desde o anúncio dos protestos.
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